Polícia Federal e Receita Federal ameaçam paralisar atividades - O GLOBO, 22/07/2011 às 14h20m; Bruno Rosa
RIO - Os auditores-fiscais da Receita Federal e do Trabalho, peritos e delegados da Polícia Federal, e advogados públicos federais ameaçam paralisar suas atividades. As entidades realizam na próxima quinta-feira, dia 28, uma mobilização nacional por melhores condições de trabalho e reposição salarial.
A mobilização, intitulada Dia Nacional pelo Direito a um Serviço Público de Qualidade, está programada para as 10h nos aeroportos internacionais de Brasília, Guarulhos/Cumbica, em São Paulo, e Galeão, no Rio.
Desde maio, representantes das categorias vêm tentando sem sucesso uma negociação junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, de acordo com o sindicato da categoria.
Uma greve poderia paralisar atividades na arrecadação de impostos, combate ao tráfico de drogas e, no caso dos Advogados da União, impede o acompanhamento das obras do PAC, atrasando ainda mais as obras previstas para a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais, Pedro Delarue, disse que a categoria vai aderir em massa ao movimento.
Além do reajuste salarial, as principais reivindicações dos servidores são o fim imediato dos cortes e contingenciamentos orçamentários na Receita Federal e do Trabalho, na Polícia Federal e na Advocacia-Geral da União; a retomada dos concursos públicos e a reestruturação das carreiras com a valorização profissional; e o fim da terceirização nas atividades próprias, valorizando as funções exercidas de apoio administrativo.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sábado, 23 de julho de 2011
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