A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
LANTERNA SALARIAL - POLICIAIS PROTESTAM NO SAGUÃO DO PIRATINI
INVASÃO DA SEGURANÇA. Tarso não estava no palácio quando civis e militares entraram no prédio - ZERO HORA 21/07/2011
Exigindo uma audiência com o governador Tarso Genro, dezenas de policiais civis e militares entraram no Palácio Piratini na tarde de ontem. As duas categorias participavam de um encontro na Assembleia Legislativa e, ao atravessarem a Rua Duque de Caxias, em direção à sede do governo, surpreenderam até mesmo os seguranças do palácio. Exigindo uma audiência com o governador Tarso Genro, dezenas de policiais civis e militares entraram no Palácio Piratini na tarde de ontem. As duas categorias participavam de um encontro na Assembleia Legislativa e, ao atravessarem a Rua Duque de Caxias, em direção à sede do governo, surpreenderam até mesmo os seguranças do palácio.
Depois de duas horas em audiência na Assembleia, os policiais decidiram ir até o Piratini tentar um encontro com o governador. Eles chegaram até a antessala do gabinete de Tarso, no andar superior do palácio. Conforme o presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Brigada Militar, Leonel Lucas, havia mais de um mês que as entidades de classe da segurança pública pediam uma reunião com o governador, sem resposta.
Ao tomarem conhecimento de que Tarso não estava mais no Piratini, os policiais desceram até o saguão. Só deixaram o local 40 minutos depois – com a garantia da Casa Civil de que, ainda hoje, será definida a data de uma audiência com o governador. Mais tarde, no microblog Twitter, Lucas frisou que os policiais entraram “pacificamente no palácio”.
Além dos cabos e soldados, outras duas instituições exigem reajuste salarial: Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores (Ugeirm) e Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes. Ontem, os policiais deliberaram pelo reajuste de 25% e aporte de R$ 400 milhões na matriz salarial da segurança pública. A Ugeirm argumenta que “os policiais gaúchos estão na lanterna do comparativo nacional de salários”.
– O governador disse para nós durante a campanha que até o final do governo um soldado da Brigada ganharia R$ 3,5 mil. O governo paga o pior salário em todo o país – afirmou o presidente da Associação dos Sargentos, Aparício Santellano.
Depois de duas horas em audiência na Assembleia, os policiais decidiram ir até o Piratini tentar um encontro com o governador. Eles chegaram até a antessala do gabinete de Tarso, no andar superior do palácio. Conforme o presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Brigada Militar, Leonel Lucas, havia mais de um mês que as entidades de classe da segurança pública pediam uma reunião com o governador, sem resposta.
Ao tomarem conhecimento de que Tarso não estava mais no Piratini, os policiais desceram até o saguão. Só deixaram o local 40 minutos depois – com a garantia da Casa Civil de que, ainda hoje, será definida a data de uma audiência com o governador. Mais tarde, no microblog Twitter, Lucas frisou que os policiais entraram “pacificamente no palácio”.
Além dos cabos e soldados, outras duas instituições exigem reajuste salarial: Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores (Ugeirm) e Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes. Ontem, os policiais deliberaram pelo reajuste de 25% e aporte de R$ 400 milhões na matriz salarial da segurança pública. A Ugeirm argumenta que “os policiais gaúchos estão na lanterna do comparativo nacional de salários”.
– O governador disse para nós durante a campanha que até o final do governo um soldado da Brigada ganharia R$ 3,5 mil. O governo paga o pior salário em todo o país – afirmou o presidente da Associação dos Sargentos, Aparício Santellano.
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