Interessante esta manifestação de um leitor de Zero Hora no dia de hoje sobre as dificuldades dos policiais gaúchos.
Estrutura para polícia - Coluna do Leitor, Zero Hora 20/07/2011
Na noite de sábado, meu filho e minha nora foram sequestrados. Levaram carro, documentos, cartões, enfim, tudo o que puderam.
Ao socorrê-los, deparei com viatura da Brigada Militar sem rádio funcionando, delegacia com uma profissional sozinha fazendo plantão em um dos lugares mais perigosos da cidade.
Ou seja, profissionais civis e militares com o melhor do profissionalismo, mas sem qualquer nível mínimo de estrutura para trabalhar dignamente.
E os nossos governantes preocupados em dar entrevistas falando sobre estrutura para a Copa. Que cinismo! Deem condições dignas a estes profissionais para trabalharem de forma melhor que os resultados vão aparecer. Senti vergonha destes políticos demagogos.
Luiz Roberto P. da Cunha. Administrador – Porto Alegre
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
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