Governo propõe criação de mais de 1,5 mil cargos para a Polícia Civil. Governador Tarso Genro assinou decreto que fixa critérios para aposentadoria de policiais civis. Geórgia Santos - RÁDIO GAÚCHA, ZERO HORA ONLINE, 05/07/2011, 14h00min
O governo do Estado propõe a criação de 1.541 cargos na Polícia Civil. O projeto de lei foi enviado nesta terça-feira à Assembleia Legislativa. O texto prevê a abertura de 120 vagas para delegado de Polícia, 711 para escrivães e mais 710 para inspetores.
O chefe da Polícia Civil explica que não são cargos de ingresso nas carreiras. Segundo o delegado Ranolfo Vieira Júnior, os atuais policiais poderão ser promovidos e abrirão vagas de início de carreira para novos servidores.
— E essas vagas não vão ser utilizadas numa vez só. Será durante três anos. Quarenta por cento agora, nesse ano de 2011, 30% em 2012 e 30% em 2013. Só ao final disso é que poderá haver essa correspondência nas classes iniciais, tendo em vista a promoção desses servidores de classe inicial — explicou o delegado.
Na manhã desta terça-feira, o governador Tarso Genro assinou decreto que fixa critérios para aposentadoria de policiais civis. Fica assegurada aposentadoria com proventos integrais após 30 anos de serviço. A condição é de pelo menos 20 anos em cargos dentro da polícia, não necessariamente na mesma função.
Atualmente, são 5.861 policiais no Rio Grande do Sul.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
terça-feira, 5 de julho de 2011
POLÍCIA CIVIL RS - MAIS 1,5 MIL CARGOS E APOSENTADORIA ESPECIAL
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