ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O XADREZ COMO PRESÍDIO

WANDERLEY SOARES, REDE PAMPA, O SUL, Porto Alegre, 14/07/2011

Negócios escabrosos ocorriam nas delegacias que funcionavam como prisões provisórias.

Em diferentes épocas, algumas delegacias distritais da Polícia Civil foram dotadas de xadrez para hospedar desordeiros, simples bêbados, prostitutas e mesmo ladrões profissionais por decisão dos próprios policiais, sob as vistas grossas e os ouvidos de mercador do Judiciário e do Ministério Público. Era comum que entre essas pessoas, detidas de forma arbitrária, houvesse quem chegasse a cumprir penas de 60 e de até 80 dias no xadrez da 8 DP, em Petrópolis, por simples decisão de um inspetor chefe de investigações. No entorno desse barbarismo - tacitamente aceito pela sociedade - ocorriam os mais escabrosos negócios que envolviam advogados de porta de xadrez, receptadores, rufiões, policiais e jornalistas corruptos. As marcas desse tempo ainda persistem naqueles que tem memória. Por isso, aqui da minha torre, entendo como um retrocesso grotesco e temerário, para dizer o mínimo, a simples ideia de usar as delegacias como prolongamento de casas prisionais.

Contrabando

A SSP (Secretaria da Segurança Pública) do Rio Grande do Sul sediará, hoje, o Seminário sobre Contrabando, Falsificação e Pirataria. O evento acontecerá no Departamento de Inteligência de SSP, das 10h às 12h. O prejuízo anual do Brasil com a entrada ilegal de mercadorias é de R$ 20 bilhões, de acordo com estimativas da ABCF (Associação Brasileira de Combate à Falsificação). Deverão participar do seminário o delegado Jerônimo José Pereira, diretor do Departamento de Inteligência da SSP; Rodolpho Ramazzine, diretor da ABCF; Leandro Menezes, gerente de Trade Marketing da BIC, e Rodrigo Moraes, gerente de Planejamento Estratégico da Souza Cruz.

Deca

A Polícia Civil está realizando uma operação de combate à violência contra crianças e adolescentes no Estado. Em Porto Alegre, o objetivo é checar 81 denúncias de maus-tratos. Foram intimados 45 pais na Capital para prestar esclarecimentos. O delegado do Deca, Leandro Cantarelli Lisardo disse que as vítimas serão encaminhadas para tratamento. A operação também ocorre em outras 11 cidades do Estado. O trabalho especial marca o aniversário de 21 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Assalto

Um vigia do Instituto São Carlos foi baleado durante tentativa de assalto ocorrido na madrugada de ontem em Caxias do Sul. Conforme a Brigada Militar, Marcelo Luiz Ferreira da Silva, 42 anos, foi alvejado no peito por um bandido que fugiu sem levar nada. A vítima foi encaminhada para o Hospital Pompeia.

Bandidos fardados

Cinco homens assaltaram uma empresa que atua no comércio de areia no interior de Formigueiro, região central do Estado. Segundo a Brigada, os assaltantes usavam fardas do Exército e renderam com facilidade os funcionários. Eles levaram uma quantia em dinheiro não divulgada.

Policial jubilado

Revelou-me um policial aposentado, que se tornou homem de comunicação multimídia, sua inconformidade com o fato de policiais que trabalham seis horas por dia tenham direito a horas-extras quando obrigados a prolongarem suas jornadas pelas circunstâncias da profissão. Naturalmente que esse comunicador falou do alto de quem usufrui dos encantos de uma aposentadoria integral, independente de seus merecidos ganhos como comunicador multimídia.

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