WANDERLEY SOARES, REDE PAMPA, O SUL, Porto Alegre, Sexta-feira, 08 de Julho de 2011.
Policiais civis e peritos, na visão do governo, comem mais que os brigadianos.
O reajuste da etapa de alimentação dos integrantes da segurança pública tem um detalhe muito estranho. O valor do benefício para a Polícia Civil e Instituto-Geral de Perícias passou de R$ 19,34 para R$ 28,14. Enquanto isso, na Brigada Militar passou de R$ 4,83 para R$ 7,03. É clara e, ao mesmo tempo, misteriosa a diferença de valores. Será que uns comem, obrigatoriamente, mais que os outros? Será que os brigadianos estão de regime? Bem, é possível que não seja nada disso, mas apenas uma nova visão de um antigo jeito de governar. O fato é que, neste inverno, aqui em minha torre, não consigo tomar meu vinho e saborear uma feijoada sacando da poupança R$ 7,03.
Piso para PMs
A Executiva Nacional do DEM aprovou, ontem, por unanimidade, em reunião no Senado Federal, o fechamento de questão do partido em torno da aprovação da PEC 300, que estabelece um piso salarial mínimo, nacionalmente, para os policiais militares e bombeiros. A proposta foi do deputado Onyx Lorenzoni.
Assaltante solitário
Um ladrão foi preso três vezes em menos de 20 dias em Porto Alegre. A última prisão ocorreu na noite de quarta-feira. Douglas Anderson de Oliveira Silva, 20 anos, roubou o celular de uma menina em frente a Ufrgs, na Avenida João Pessoa, após fazer ameaças com uma faca. Nas outras duas vezes o rapaz cometeu furtos na região central da cidade. Ele não deverá ficar muito tempo preso, afinal só é um simples assaltante solitário.
Tramandaí
Cidadãos do bairro Higianópolis, de Tramandaí, protestam contra a falta de segurança na rua Clayton Hofmeister, cuja buraqueira é ignorada pela prefeitura. Mais ainda: denunciam que o ônibus urbano daquela área passa apenas de hora em hora, quando não atrasa. No entanto, no verão, os órgãos da prefeitura lembram da cidade.
Ajuris
O presidente da Ajuris, João Ricardo dos Santos Costa, declarou que nenhum governo tem sucesso administrativo ao manter constantes conflitos com serviço público como ocorre na atual gestão de Tarso Genro.
Adiamento
Estado deve adiar a convocação de mais de 500 policiais civis concursados. Airton Michels, titular da pasta da Segurança, disse que o governo atendeu exigências da classe e que durante as negociações ficou claro que poderia haver deficiências econômicas para chamar de imediato os concursados. Michels disse que o grupo pode iniciar o preparo a partir de janeiro do ano que vem.
Paralisação
O presidente da Ugeirm/Sindicato, entidade que congrega os profissionais de nível médio da Polícia Civil, nega que o adiamento do curso na Academia de Policia fizesse parte das tratativas com o Estado para garantir benefícios. Segundo Isaac Ortiz, cerca de 500 policiais devem parar de trabalhar nos próximos meses.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
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