Delegado tem R$ 5.000 furtados de sua gaveta na sede da polícia - FOLHA ONLINE, 20/07/2011 - 10h47
O delegado Márcio Franco de Mendonça, titular do DGPE (Departamento Geral de Polícia Especializada), teve R$ 5.000 furtados da gaveta do seu gabinete, no sétimo andar do prédio da chefia de Polícia Civil do Rio, no centro da capital.
Segundo investigação, uma funcionária terceirizada que prestava serviço de faxina é a principal suspeita.
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, o delegado afirmou que o dinheiro furtado seria para pagar despesas pessoais dele. Tratando o caso com sigilo, a corporação só admitiu o furto à imprensa na noite de ontem.
A polícia também informou que nenhum armamento foi furtado. A Folha tentou contato com o delegado, mas ele não foi localizado.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
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