Homens que usavam algemas e distintivos da Polícia Civil foram presos em Novo Hamburgo - ZERO HORA 07/09/2011
Foi presa ontem em Novo Hamburgo uma quadrilha que se passava por homens da lei para aplicar golpes em comerciantes do Vale do Sinos. Além de usar algemas, distintivos e roupa típica da Polícia Civil, os suspeitos se identificavam com nomes de agentes de Porto Alegre, de Canoas e do Litoral Norte para extorquir comerciantes. Uma das vítimas teria sido lesada em R$ 50 mil.
Quatro homens foram presos temporariamente em três bairros de Novo Hamburgo em uma ofensiva denominada Ad Falsum, comandada pelo delegado Adriano Nonnenmacher, da 2ª Delegacia da Polícia Civil de São Leopoldo. Outros dois já estavam presos desde a semana passada.
Conforme o delegado, o grupo entrava nos estabelecimentos forjando uma operação policial, algemava pessoas e depois exigia dinheiro sob ameaça de sequestrar familiares dos comerciantes. Nonnenmacher disse que pelo menos um caso está comprovado e outro sob investigação. No episódio confirmado, a vítima seria o dono de uma farmácia no bairro Scharlau, em São Leopoldo, onde foi presa a dupla na semana passada. Para capturá-la, os agentes se passaram por empregados da farmácia. Segundo o delegado, por questões de segurança, o comerciante teve de deixar o bairro.
Polícia suspeita de que grupo planejava ataque a banco
Os presos têm entre 20 e 30 anos. Os nomes deles não foram divulgados. Nas casas dos suspeitos foram apreendidos um revólver calibre 38, duas pistolas calibre .380, munição, dois pares de algemas, cassetete, touca ninja, roupas semelhantes às usadas por policiais e uma carteira falsa com distintivo parecido com o da Polícia Civil.
Além desses objetos, a polícia encontrou um croqui com anotações referentes a malotes, o que levantou a suspeita de que o grupo pudesse estar planejando um assalto a carro-forte, agência ou posto bancário. O grupo será submetido a reconhecimento pelas vítimas e indiciado por extorsão, formação de quadrilha e falsidade ideológica.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
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