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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

EM NOME DA LEI - FALSOS POLICIAIS AMEAÇAVAM COMERCIANTES

Homens que usavam algemas e distintivos da Polícia Civil foram presos em Novo Hamburgo - ZERO HORA 07/09/2011

Foi presa ontem em Novo Hamburgo uma quadrilha que se passava por homens da lei para aplicar golpes em comerciantes do Vale do Sinos. Além de usar algemas, distintivos e roupa típica da Polícia Civil, os suspeitos se identificavam com nomes de agentes de Porto Alegre, de Canoas e do Litoral Norte para extorquir comerciantes. Uma das vítimas teria sido lesada em R$ 50 mil.

Quatro homens foram presos temporariamente em três bairros de Novo Hamburgo em uma ofensiva denominada Ad Falsum, comandada pelo delegado Adriano Nonnenmacher, da 2ª Delegacia da Polícia Civil de São Leopoldo. Outros dois já estavam presos desde a semana passada.

Conforme o delegado, o grupo entrava nos estabelecimentos forjando uma operação policial, algemava pessoas e depois exigia dinheiro sob ameaça de sequestrar familiares dos comerciantes. Nonnenmacher disse que pelo menos um caso está comprovado e outro sob investigação. No episódio confirmado, a vítima seria o dono de uma farmácia no bairro Scharlau, em São Leopoldo, onde foi presa a dupla na semana passada. Para capturá-la, os agentes se passaram por empregados da farmácia. Segundo o delegado, por questões de segurança, o comerciante teve de deixar o bairro.

Polícia suspeita de que grupo planejava ataque a banco

Os presos têm entre 20 e 30 anos. Os nomes deles não foram divulgados. Nas casas dos suspeitos foram apreendidos um revólver calibre 38, duas pistolas calibre .380, munição, dois pares de algemas, cassetete, touca ninja, roupas semelhantes às usadas por policiais e uma carteira falsa com distintivo parecido com o da Polícia Civil.

Além desses objetos, a polícia encontrou um croqui com anotações referentes a malotes, o que levantou a suspeita de que o grupo pudesse estar planejando um assalto a carro-forte, agência ou posto bancário. O grupo será submetido a reconhecimento pelas vítimas e indiciado por extorsão, formação de quadrilha e falsidade ideológica.

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