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terça-feira, 27 de setembro de 2011

TEN CEL DA PMERJ É SUSPEITO DE MANDAR MATAR JUÍZA

Decretada prisão de suspeito de mandar matar juíza no Rio. Tenente-coronel Cláudio Luiz Oliveira é ex-comandante do 7º BPM de São Gonçalo - 27/09/2011 07:19

A justiça do Rio de Janeiro decretou, na noite dessa segunda-feira, a prisão do ex-comandante do 7º BPM de São Gonçalo, o tenente-coronal Cláudio Luiz Oliveira. Ele é um dos suspeitos de envolvimento na morte da juíza Patrícia Acioli, assassinada no dia 11 agosto em frente a sua casa, em Niterói, e é apontado como mandante do crime. As informações são do portal R7.

Outros cinco PMs também tiveram a prisão decretada. Após a morte de Patrícia, o comando da Polícia Militar trocou os comandantes de alguns batalhões, e Oliveira assumiu o 22º BPM, na Maré.

Juíza foi seguida antes de ser morta

A Polícia Civil do Rio divulgou no dia 19 um vídeo que mostra as últimas imagens da juíza com vida, no dia de sua morte. Nas filmagens, é possível ver que o carro dela é seguido de perto por uma motocicleta, com dois suspeitos. Segundo a DH (Divisão de Homicídios), o vídeo comprova que o crime contra a juíza, que atuava na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, foi planejado.

Ainda de acordo com as investigações, por volta das 23h16min, Patrícia saiu do Fórum de São Gonçalo em direção ao condomínio onde morava no bairro Piratininga, em Niterói, também na região metropolitana. As imagens mostram que, durante todo o percurso, a juíza foi seguida por uma moto ocupada por duas pessoas. Em alguns momentos, o veículo aparece com o farol apagado.

Por volta das 23h49min, quase chegando à casa de Patrícia, os suspeitos ultrapassaram o carro da juíza e seguiram na frente para preparar a emboscada. Às 23h53min, eles entraram no condomínio da vítima. Logo em seguida, ela chegou.

Segundo o delegado Felipe Ettore, responsável pelas investigações, estas imagens comprovam que o crime foi planejado, pois o soldado Daniel Santos Benitez Lopes e os cabos Sérgio Costa Júnior e Jeferson de Araújo Miranda, lotados no Batalhão de São Gonçalo (7º BPM), conheciam bem o local do crime. "Isso comprova a participação no crime dos três PMs. A moto foi seguindo a juíza até ela chegar em casa. Não vamos falar sobre o envolvimento ou não de outros suspeitos, pois qualquer informação além disso ainda é prematura", afirmou o Ettore.

PMs já sabiam que seriam presos

Ainda de acordo com o delegado, o assassinato da juíza foi planejado porque os três policiais já sabiam que teriam a prisão decretada pela morte de um jovem de 18 anos, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, em junho. Um mês antes do assassinato de Patrícia, uma advogada dos PMs telefonou para um dos agentes e informou sobre a possível prisão.

Na semana do seu assassinato, a juíza solicitou à PM informações dos policiais pertencentes ao suposto grupo de extermínio. Os suspeitos esperavam que a prisão fosse decretada apenas na sexta-feira (12 de agosto). Por isso, teriam resolvido matar a juíza na madrugada daquele dia. No entanto, Patrícia decretou a prisão dos policiais pela morte do jovem na noite de quinta-feira, horas antes de sua morte. Os policiais ainda não sabiam dessa informação. O objetivo era matar a magistrada antes de se tornarem suspeitos do assassinato. Segundo o delegado, a advogada não teve nenhuma participação no crime.

Celulares desligados

No dia da execução, os celulares dos militares foram rastreados próximo ao Fórum. Porém, os aparelhos dos três policiais estavam desligados durante o crime, o que, de acordo com a polícia, foge da rotina do trio. Policiais da DH apreenderam cerca de 750 pistolas calibre 40 e revólveres calibre 38 do 7º BPM. Os investigadores pretendem descobrir quais armas foram usadas na morte da juíza.

Estojos desse tipo de armamento foram encontrados pela polícia no local do crime. Os agentes da Divisão de Homicídios também cumpriram mandados de busca e apreensão em 15 endereços dos três policiais suspeitos de envolvimento no crime, bem como de familiares deles em busca de pistas que comprovem a participação deles no crime.

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