Violência. Estudante africano é espancado e morto por empresário e dois PMs em Mato Grosso - 23/09/2011 às 16h38m; Globo.com/TV Centro América
CUIABÁ - Um estudante africano foi morto após uma discussão em uma pizzaria de Cuiabá. Segundo testemunhas, Tony Bernardo da Silva, de 27 anos, natural de Guiné-Bissau, foi espancado por três homens após ter esbarrado na mulher de um deles. Dois policiais militares e um empresário foram presos em flagrante acusados da morte do rapaz.
O crime aconteceu por volta da meia-noite, em um restaurante do bairro Boa Esperança. O estudante estava pedindo dinheiro e caiu, esbarrando em uma mulher. O companheiro dela não gostou e começou a agredir o rapaz, com a ajuda de dois homens.
Segundo boletim de ocorrência, Tony foi espancado, e morreu no local, por Sérgio Marcelo da Costa, de 27 anos, e pelos policiais militares Igor Marcel Mendes Montenegro, de 24 anos, e Wesley Fagundes Pereira, também de 24 anos.
Igor e Wesley foram encaminhados para o primeiro batalhão da PM em Mato Grosso. Sérgio deve ser encaminhado para um presídio da região.
Tony veio para o Brasil estudar na Universidade Federal de Mato Grosso, através de um convênio, mas foi desligado da Faculdade de Economia em fevereiro deste ano, após envolvimento com drogas.
Os colegas da vítima não entendem o motivo de tanta violência.
- Primeiro, ele não tinha arma, faca. Para você mobilizar uma pessoa basta você mostrar o seu cartão de policial - diz o estudante Hernani Dias.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sábado, 24 de setembro de 2011
MATO GROSSO - ESTUDANTE AFRICANO É MORTO POR EMPRESÁRIO E DOIS PMs
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