Possibilidade de equiparação do salário de soldado com o de inspetor descontentou sindicato da categoria - Voltaire Porto/Rádio Guaíba - PORTAL DA ABAMF, 09/09/2011
O protelamento da audiência com a Brigada Militar, remarcada para a próxima semana, abriu caminho para especulações com relação à oferta a ser apresentada pelo governo gaúcho na retomada das negociações. A informação de que deve ser proposta a equiparação do salário de soldado com o de inspetor de primeira classe desagradou o sindicato da categoria.
Segundo o vice-presidente da Ugeirm, Fábio Castro, há uma exigência de nível superior na Polícia Civil, o que não ocorre na Brigada Militar. Castro explicou que o temor é em relação a uma estagnação dos salários, sem valorizar a qualificação. A expectativa com a confirmação da tendência é de um ganho médio de R$ 700 no salário do policial militar, sem formação superior, já que a base inicial paga a um inspetor é de R$ 2 mil. Diante da possibilidade, Castro adiantou que já ocorre o início de um rompimento do entendimento que vinha sendo construído com o governo, a partir da oferta de 10% de aumento salarial.
O presidente da Associação de Cabos e Soldados, Leonel Lucas, não vê conflito e nem justificativa para impasse, já que a solução para o problema, segundo ele, é simples. Lucas adiantou que o governo pode garantir a equiparação anexando ao projeto de aumento encaminhado à Assembleia a obrigação de terceiro grau para o ingresso de soldados na Brigada Militar, qualificando ainda mais a corporação.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sábado, 10 de setembro de 2011
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