A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
domingo, 25 de setembro de 2011
EQUIPARAÇÃO - DELEGADOS DO RS NÃO DESCARTAM PARALISAÇÃO
Delegados não descartam paralisação, mas vão aguardar negociação com governo. Cerca de 300 integrantes da Asdep estiveram reunidos neste sábado - com informações dos repórteres Mônica Bidese e Paulo Tavares - CORREIO DO POVO,24/09/2011 18:54
Cerca de 300 integrantes da Associação dos Delegados do Rio Grande do Sul (Asdep) estiveram reunidos neste sábado, por cerca de seis horas, para definir as reivindicações que serão levadas para a mesa de negociação com o governo do Estado em encontro que deve ocorrer em 15 dias. A paralisação da categoria não está descartada caso o Executivo não conceda a equiparação salarial com os procuradores.
Segundo o diretor de relações institucionais da Adesp, delegado Ivair Mainardi, os delegados gaúchos vão exigir a criação de um projeto de lei (PL) para regular a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que há dois anos determinou o realinhamento salarial entre delegados e procuradores. A categoria também vai apoiar a paralisação nos dias 28 e 29, em apoio aos agentes de polícia.
"A nossa reivindicação é pela recomposição salarial. Queremos tratar de que forma o governo pode implementar isso, mas não aceitamos que ele diga simplesmente que não tem condições de pagar, queremos que o governo indique uma forma", disse o presidente da Asdep, delegado Wilson Muller Muller.
A negativa inicial do governo do Estado motivou o encontro, que contou com a presença do chefe de polícia Ranolfo Vieira Júnior. Entre as propostas, estão desde a paralisação, passando por denúncia ao Ministério Público das más condições das delegacias de polícia, até renúncia coletiva dos diretores e do próprio chefe de polícia. As sugestões recebidas serão sistematizadas por uma comissão.
“Nossas propostas são várias”, afirmou o presidente Muller. “O que nós não vamos abrir mão é de ter um realinhamento com os procuradores do Estado. O Supremo Tribunal Federal já decidiu em favor dos delegados e ordem judicial não se discute, se cumpre", afirmou.
Um delegado em início de carreira recebe cerca de R$ 7 mil, enquanto um procurador nas mesmas condições, ganha R$ 15 mil. Conquista que, segundo o presidente da Asdep, a categoria perdeu ao longo dos governos.
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