ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

PACIFICAÇÃO - ÁREAS COM UPPs AINDA TÊM TRÁFICO E HOMICÍDIOS

Nas favelas. Áreas com UPPs ainda têm tráfico e homicídios - O GLOBO, 10/09/2011 às 23h25m; Sérgio Ramalho

RIO - As imagens de jovens empunhando fuzis em meio a feirões de drogas não fazem mais parte da rotina nas comunidades ocupadas do Rio. A ausência do armamento de guerra, contudo, não significa que as áreas patrulhadas por UPPs e pelo Exército estejam livres da ação de traficantes, que mesmo atuando de forma velada ainda exercem influência e amedrontam alguns moradores. Um temor justificado por números: 23 pessoas foram assassinadas em favelas pacificadas nos últimos 12 meses. Cerca de 70% (16) dos casos investigados pela Divisão de Homicídios (DH) estariam relacionados ao tráfico.

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou que a presença de traficantes nas comunidades tem mais de 40 anos e vai ser difícil resolver o problema de uma hora para outra. Mas, segundo ele, não há dúvidas de que que a situação nas áreas pacificadas é melhor do que há alguns anos.

Por três semanas, a reportagem do GLOBO percorreu as comunidades do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo (Copacabana), Dona Marta (Botafogo), Cidade de Deus (Jacarepaguá), São Carlos (Estácio) e Borel (Tijuca). Com exceção do Dona Marta, moradores das demais regiões relataram a existência de atividades do tráfico, responsável por pelo menos dois dos seis homicídios registrados nos morros do Borel, Formiga e Salgueiro após a implantação da UPP da Tijuca, em junho de 2010.

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