A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
GREVE PM - POLICIAIS CIVIS NÃO ADEREM À GREVE
Em assembleia, policiais civis decidem não aderir à greve parcial de PMs. A categoria já elaborou suas pautas reivindicatórias para encaminhar ao governo do Estado em março - Da Redação, CORREIO,03.02.2012 - 15:00
Os policiais civis não vão aderir à greve parcial da Polícia Militar. A garantia foi dada por Carlos Lima, representante do Sindicato dos Policias Civis da Bahia (Sindpoc), após consulta à categoria em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (3).
"Já preparamos nossas pautas em assembleia realizada no dia 19 de janeiro e elas serão encaminhadas ao governo no mês de março", explicou o sindicalista. Ainda segundo Carlos Lima, a categoria se mostrou solidária à Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), que iniciou o movimento de paralisação dos policiais, mas não concordou com a paralisação conjunta neste momento.
Uma das pautas que serão encaminhadas ao governo do Estado em março será o aumento do piso salarial da categoria para 10 salários mínimos. "Se não houver negociação e o governo não aprovar nenhuma das nossas propostas, vamos fazer, se for preciso, paralisações e até mesmo greve", completa Carlos Lima.
"Medidas enérgicas"
Na tarde desta quinta-feira (3), Jaques Wagner se manifestou sobre a greve parcial da Polícia Militar da Bahia, depois de chegar de viagem a Cuba e ao Haiti com a presidente Dilma Rousseff. “Não admitirei que a segurança da população baiana seja colocada em risco por um pequeno grupo de pessoas, ainda mais porque estas desconsideraram a decisão judicial que considerou a greve ilegal”, disse Wagner, se referindo à Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), que decretou a greve.
Ele disse que "na defesa dos interesses maiores da população baiana, continuarei usando medidas enérgicas, caso isso se faça necessário", salientando que acredita que o diálogo é a melhor saida.
Força Nacional e Exército
O governador solicitou à presidente Dilma Rousseff o envio de forças da Segurança Nacional e do Exército para a Bahia. Ainda na noite de ontem, 150 policiais chegaram à capital e mais 500 chegam nas próximas 48 horas.
A decisão foi tomada após reunião da cúpula da segurança pública na manhã de ontem na Governadoria. A greve foi considerada ilegal pela Justiça, que determinou multa diária de R$ 80 mil para caso de descumprimento.
Da Redação. atualizada às 17h29
No total, 2.350 homens do Exército Brasileiro e da Força Nacional de Segurança já estão na Bahia para reforçar o policiamento no estado. Três aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) participam da operação de transporte. Os militares apóiam o governo da Bahia em razão da greve parcial de PMs no estado.
As tropas se deslocam por via aérea e terrestre de Sergipe, Alagoas, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Também participam das ações contingentes do Corpo de Fuzileiros Navais (Marinha) e da Força Aérea Brasileira (Aeronáutica), baseados em Salvador.
O primeiro voo com 150 policiais da Força Nacional chegou a Salvador ainda na noite de quinta-feira (2). O Boeing 707 da FAB saiu de Brasília às 22h e pousou na Base Aérea de Salvador às 23h30.
O grupo passou a noite no Hotel de Trânsito da Aeronáutica e começou o trabalho de patrulhamento no início da manhã desta sexta-feira (3). Outro efetivo, com cerca de 500 homens, se deslocou por terra e já começou a chegar a Salvador.
O segundo avião da FAB decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira transportando 150 militares da Brigada Paraquedista do Exército. Mais 450 militares do Exército foram transportados de Recife para Salvador.
Ainda nesta sexta-feira (3), uma aeronave C-105 Amazonas, do 1º/15ºGAv, trazendo policiais da Força Nacional parte de Campo Grande (MS). O avião está previsto para chegar às 23h em Salvador.
Neste sábado (4), outros 600 militares federais desembarcam no estado.
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