Em assembleia, policiais civis decidem não aderir à greve parcial de PMs. A categoria já elaborou suas pautas reivindicatórias para encaminhar ao governo do Estado em março - Da Redação, CORREIO,03.02.2012 - 15:00
Os policiais civis não vão aderir à greve parcial da Polícia Militar. A garantia foi dada por Carlos Lima, representante do Sindicato dos Policias Civis da Bahia (Sindpoc), após consulta à categoria em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (3).
"Já preparamos nossas pautas em assembleia realizada no dia 19 de janeiro e elas serão encaminhadas ao governo no mês de março", explicou o sindicalista. Ainda segundo Carlos Lima, a categoria se mostrou solidária à Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), que iniciou o movimento de paralisação dos policiais, mas não concordou com a paralisação conjunta neste momento.
Uma das pautas que serão encaminhadas ao governo do Estado em março será o aumento do piso salarial da categoria para 10 salários mínimos. "Se não houver negociação e o governo não aprovar nenhuma das nossas propostas, vamos fazer, se for preciso, paralisações e até mesmo greve", completa Carlos Lima.
"Medidas enérgicas"
Na tarde desta quinta-feira (3), Jaques Wagner se manifestou sobre a greve parcial da Polícia Militar da Bahia, depois de chegar de viagem a Cuba e ao Haiti com a presidente Dilma Rousseff. “Não admitirei que a segurança da população baiana seja colocada em risco por um pequeno grupo de pessoas, ainda mais porque estas desconsideraram a decisão judicial que considerou a greve ilegal”, disse Wagner, se referindo à Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), que decretou a greve.
Ele disse que "na defesa dos interesses maiores da população baiana, continuarei usando medidas enérgicas, caso isso se faça necessário", salientando que acredita que o diálogo é a melhor saida.
Força Nacional e Exército
O governador solicitou à presidente Dilma Rousseff o envio de forças da Segurança Nacional e do Exército para a Bahia. Ainda na noite de ontem, 150 policiais chegaram à capital e mais 500 chegam nas próximas 48 horas.
A decisão foi tomada após reunião da cúpula da segurança pública na manhã de ontem na Governadoria. A greve foi considerada ilegal pela Justiça, que determinou multa diária de R$ 80 mil para caso de descumprimento.
Da Redação. atualizada às 17h29
No total, 2.350 homens do Exército Brasileiro e da Força Nacional de Segurança já estão na Bahia para reforçar o policiamento no estado. Três aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) participam da operação de transporte. Os militares apóiam o governo da Bahia em razão da greve parcial de PMs no estado.
As tropas se deslocam por via aérea e terrestre de Sergipe, Alagoas, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Também participam das ações contingentes do Corpo de Fuzileiros Navais (Marinha) e da Força Aérea Brasileira (Aeronáutica), baseados em Salvador.
O primeiro voo com 150 policiais da Força Nacional chegou a Salvador ainda na noite de quinta-feira (2). O Boeing 707 da FAB saiu de Brasília às 22h e pousou na Base Aérea de Salvador às 23h30.
O grupo passou a noite no Hotel de Trânsito da Aeronáutica e começou o trabalho de patrulhamento no início da manhã desta sexta-feira (3). Outro efetivo, com cerca de 500 homens, se deslocou por terra e já começou a chegar a Salvador.
O segundo avião da FAB decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira transportando 150 militares da Brigada Paraquedista do Exército. Mais 450 militares do Exército foram transportados de Recife para Salvador.
Ainda nesta sexta-feira (3), uma aeronave C-105 Amazonas, do 1º/15ºGAv, trazendo policiais da Força Nacional parte de Campo Grande (MS). O avião está previsto para chegar às 23h em Salvador.
Neste sábado (4), outros 600 militares federais desembarcam no estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário