A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
RJ ABRE PROCESSO PARA EXPULSAR 73 PMs "SIMPATIZANTES DA GREVE"
RJ abre processo para expulsar 73 policiais militares após greve. MARCO ANTÔNIO MARTINS, DO RIO - folha.com. 15/02/2012
O comando da Polícia Militar do Rio abriu processo interno contra 73 PMs apontados como "simpatizantes da greve" iniciada na quinta-feira e encerrada anteontem. A medida pode resultar na expulsão dos policiais da corporação.
Ontem, o governo do Estado decidiu encaminhar à Justiça pedido para que os policiais militares e bombeiros presos em Bangu 1 sejam encaminhados para presídios militares.
Afirmou, em nota, que "diante do fim das ameaças à manutenção da ordem pública" decidiu pedir à Justiça a transferência dos detidos.
Dos 73 PMs que passarão pelo chamado conselho disciplinar, 71 emitiram em redes sociais ou blogs opiniões em favor da paralisação.
Dois deles vão responder por terem estacionado o carro de polícia para tomar banho de mar no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio, no primeiro dia da greve. O comando da corporação entendeu que eles foram simpatizantes ao movimento.
Dois casos serão conduzidos pelo secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, pois envolvem dois tenentes-coronéis. Um deles postou numa rede social opinião favorável ao movimento.
"É AUTORITARISMO"
Apesar do fim do protesto, o setor de inteligência da Polícia Militar continua monitorando as redes sociais para acompanhar as opiniões dos policiais.
"Isso é autoritarismo. Opinar é um direito legítimo e todos têm o direito de se manifestar de alguma forma. Eles não podem participar da greve, mas o comandante da PM ganhou carta branca para agir e punir", afirmou Vanderlei Ribeiro, da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio.
Todos os 73 policiais perdem a arma e a carteira de policial. A Polícia Militar emitirá uma carteira de identificação temporária para cada um deles.
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