A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
GREVE PMBA - EXÉRCITO LIBERA ÁGUA E ALIMENTO
Exército libera entrega de água e alimento a PMs acampados na Assembleia. Soldados do Exército permitiram que manifestantes jogassem sacolas com alimentos, papel higiênico e água - Da Redação, CORREIO, 07.02.2012 - 11:19
O general da 6ª Região Militar permitiu a entrega de alimentos e material de higiene para os policiais militares que estão acampados no prédio da Assembleia Legislativa. Segundo oficial de Comunicação, Mário Cunha, a entrega de alimentos foi permitida por conta do avanço das negociações e do clima de tranquilidade no Centro Administrativo.
Por volta das 10h, soldados do Exército que fazem o cordão de isolamento em torno do prédio da Assembleia permitiram que manifestantes jogassem sacolas com alimentos, papel higiênico e água.
Três policiais militares que estavam acampados deixaram o prédio, um deles saiu da Assembleia ainda na madrugada. Antes da saída dos PMs, soldados do Exército checaram se havia pedido de prisão expedido em nome deles. Doze mandados de prisão foram expedidos contra PMs envolvidos na greve. Apenas um foi cumprido no último domingo (5).
Wagner fala em acordo
O governador Jaques Wagner disse acreditar que a greve da Polícia Militar na Bahia deve ser encerrada nesta terça-feira (7). Segundo ele, as negociações se estenderam até a madrugada de hoje e uma reunião marcada para esta manhã pode selar o fim do imbróglio. O único impasse para o fim da greve é sobre a anista aos PMs acampados na Assembleia Legislativa da Bahia.
Com a proximidade do carnaval, o governador disse, em entrevista à TV Globo, que tem interesse em resolver o impasse o mais rápido possível. “Não tenho ímpeto de punir os que participaram pacificamente da greve, mas os que participaram de atos contra os cidadãos serão processados”, afirmou. O governador se referiu aos policiais que tomaram ônibus e viaturas.
Wagner reiterou a participação de PMs na onda de crimes na Bahia. O número de homicídios já passou de 100 em Salvador e Região Metropolitana. Sobre o pagamento de gratificações, um dos pedidos dos PMs, o governador admitiu a possibilidade de incorporar o benefício ao soldo dos policiais.
“Nós, ao longo de cinco anos, concedemos 30% de aumento real. E eu tenho limite na folha. As negociações são em torno desse valor, da chamada GAP 4, e eventualmente até da GAP 5, mas evidentemente isso terá que ser partilhado ao longo de 2013, 2014 e até 2015. Se for para pagar alguma coisa imediatamente agora, não há menor espaço, porque eu não tenho espaço fiscal para fazê-lo", afirmou o governador.
Crianças e mulheres deixam CAB
A Justiça determinou nesta segunda-feira (6) a retirada das crianças que estão na Assembleia Legislativa, onde estão acampados desde a terça-feira (31) policiais militares em greve. Muitos familiares e filhos de PMs estão no local, segundo o Comando do Exército.
A decisão acata um pedido de medido cautelar feito pelo Ministério Público da Bahia (MP/BA). Para o MP, as crianças que estão na Alba estão em situação de risco e a situação não é considerada adequada para elas. A decisão ainda não
Por volta das 21h desta segunda-feira (6), três crianças deixaram o prédio da Assembleia Legislativa, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). As crianças estavam acompanhadas dos responsáveis, que também permaneciam acampados no local. Segundo informações do colaborador político Ronaldo Souza, eles saíram espontaneamente do local porque as crianças estariam assustadas com as armas e com o cerco do Exército.
Assim que deixaram o prédio, o grupo passou por exames clínicos, receberam atendimento, alimentação e deixaram o CAB em um veículo particular. Momentos antes, o fornecimento de luz no local voltou a ser interrompido. Além disso, os policias e bombeiros militares ameaçaram reagir com a ampliação do cordão de feito por cerca de 600 homens do Exército e 40 agentes do Comando de Operações Táticas (COT).
Por volta das onze horas, mais quatro crianças deixaram a assembleia. Segundo o Exército, a decisão de sair com os filhos foi voluntária dos manifestantes e não há um esquema para a retirada.
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