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sábado, 11 de fevereiro de 2012

GREVE POLICIAL MOBILIZA PLANALTO E GOVERNADORES

Greve dos policiais mobilizou Planalto e vários governadores. Temor maior era que movimento na Bahia se estendesse para outros estados - GERSON CAMAROTTI. O GLOBO, 10/02/12 - 0h35

BRASÍLIA - Para enfrentar a greve de policiais militares na Bahia, houve forte articulação do governador Jaques Wagner (PT-BA) não só com o Palácio do Planalto, mas também com os governadores que temiam um efeito cascata da mobilização em vários estados. Por isso, a sinalização do fim da greve, que acabou não acontecendo, foi motivo de alívio generalizado. Ontem, um dos primeiros telefonemas recebidos por Jaques Wagner foi da presidente Dilma Rousseff.Na conversa, Dilma relatou ter ficado chocada com as gravações divulgadas pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, com diálogos dos líderes do movimento grevista combinando ações de vandalismo como protesto. A presidente avisou que daria declarações fortes de que não poderia ser concedida anistia para os que praticaram atos ilícitos. O que de fato fez em seguida, em viagem ao sertão pernambucano. Até mesmo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou para prestar solidariedade às ações de Wagner.

O governador baiano também recebeu telefonemas de vários governadores, entre eles, Sérgio Cabral (PMDB-RJ). Jaques Wagner enviou cópias das fitas com autorização judicial para Cabral nesta quinta-feira mesmo para orientá-lo nas negociações com o movimento grevista fluminense.

Nos últimos dias, houve contato direto de Jaques Wagner com colegas de outros estados como os governadores Marcelo Déda (PT-SE) e Teotônio Vilella (PSDB-AL), que demonstraram preocupação com os reflexos da greve na Bahia nos demais estados.

O consenso entre os governadores é que a decisão de não negociar anistia com os líderes que praticaram atos de vandalismo deve enfraquecer o movimento grevista. Outra avaliação feita no Palácio de Ondina, sede do governo baiano, é que a revelação dos diálogos gravados também teve o efeito de enfraquecer o movimento.

Segundo relatos, Jaques Wagner decidiu endurecer nas negociações com os grevistas quando ouviu as primeiras gravações. Ele teria ficado especialmente chocado com uma conversa telefônica em que um dos líderes mandava "fazer uma feijoada". Seria um código, de acordo com a polícia civil da Bahia, que significava colocar fogo em um ônibus escolar, o que aconteceu em seguida no município de Lauro de Freitas.

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