A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
GREVE PMBA - FIM DA OCUPAÇÃO
PMs grevistas abandonam prédio da Assembleia Legislativa da Bahia. Manifestantes garantem que greve continuará - Humberto Trezzi, enviado especial a Salvador. ZERO HORA ONLINE, 09/02/2012 | 09h34
Os policiais militares baianos que ocupam o prédio da Assembleia Legislativa, em Salvador, deixaram o edifício no início da manhã desta quinta-feira. Os manifestantes foram revistados e liberados, saindo do local a pé, em carros ou motos. Um homem saiu do local dentro de uma jaula, como forma de protesto. Ao todo, 245 manifestantes abandonaram a Assembleia, o que não significa o fim da paralisação, garantem os PMs.
Eles mantiveram duas negociações com representantes do governo do Estado durante a madrugada e chegaram a um acordo. Informações preliminares dão conta de que os contatos telefônicos foram mantidos à 1h e às 3h.
O líder da paralisação, o ex-policial militar Marco Prisco, foi o último a sair, por volta das 7h30min. Ele e Antonio Paulo Angelini, outro PM com mandado de prisão expedido, abandonaram o prédio pela porta dos fundos e foram detidos.
Após a desocupação, agentes da Polícia Federal fizeram um pente-fino para verificar os danos ao prédio da Assembleia e para garantir que nenhum grevista permaneça no local.
No início da madrugada, o advogado dos 12 líderes da paralisação, Rogério Andrade, entrou com recurso contra a ordem de prisão preventiva. Porém, o juiz plantonista Everaldo Cardoso negou o documento. Em uma nova tentativa de liberação, o representante dos grevistas enviou pedido de habeas corpus, também negado.
CONVERSA FLAGRADA - Paralisação na Bahia: secretário diz que gravações "deram um tapa na cara da sociedade". Segundo Maurício Barbosa, da Segurança Pública, áudios que mostram conversas entre PMs enfraquecem a greve - AGÊNCIA ESTADO, 09/02/2012 | 00h51
Para o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, as gravações obtidas pela inteligência da polícia baiana, com autorização da Justiça, "deram um tapa na cara da sociedade".
— Ficou clara a intenção (das lideranças grevistas) de usar os atos de vandalismo para fazer pressão tanto pela questão salarial quanto pela tentativa de chamar a atenção nacional para o movimento. Também deu para ver que a intenção é levar a manifestação para outros lugares — afirma.
De acordo com Barbosa, as gravações também enfraquecem a luta dos manifestantes para que sejam revogados os pedidos de prisão feitos contra os líderes do movimento grevista na Bahia, entre eles o principal articulador da paralisação, o presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), Marco Prisco.
— Como o governo se mostrou disposto a fazer todo esforço possível para cumprir o pedido salarial, a gente sabe que o que segura a manifestação, hoje, é a questão do cumprimento dos mandados de prisão — afirma o secretário.
— Ele (Prisco) não queria ser responsabilizado pelos crimes cometidos, mas as gravações deram um tapa na cara da sociedade.
O terceiro dos 12 mandados de prisão contra líderes do movimento grevista foi cumprido no fim da tarde de quarta-feira, segundo a Secretaria de Segurança Pública.
A soldado Jeane Batista de Souza, do Batalhão de Guardas da PM, é acusada de formação de quadrilha e roubo de patrimônio público (viaturas), assim como os dois policiais já detidos, o soldado Alvin dos Santos Silva, preso no domingo, e o sargento Elias Alves de Santana, detido na terça-feira. Os três também passarão por processos administrativos da PM.
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