ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

PM TEMPORÁRIO É SUSPEITO DE MATAR TAXISTA

PELOTAS - PM temporário suspeito de matar taxista no Sul. Vítima foi agredida no centro de Pelotas, após confusão na saída de boate - RAFAEL DIVERIO, ZERO HORA 06/02/2012

Um taxista morreu após ser agredido por dois homens, um deles policial militar temporário, de folga, na saída de uma casa noturna em Pelotas, no Sul do Estado. De acordo com a ocorrência registrada na Polícia Civil, Luiz Carlos Cardoso, 62 anos, foi golpeado na cabeça após uma briga entre os agressores e outros colegas de profissão por volta de 6h30min, no centro da cidade. William Garcia Morais, 23 anos, foi preso em flagrante e encaminhado ao quartel da Brigada Militar. O coautor fugiu e ainda não foi capturado.

Botina, como era conhecido, trabalhava havia mais de 30 anos como taxista. Por colegas e familiares, foi descrito como “um homem sem inimigos”. O envolvimento na situação que desencadeou sua morte foi considerado uma prova de coleguismo.

De acordo com uma testemunha, que pediu para não ser identificada, o PM e outro homem teriam entrado em um táxi. Porém, antes de o veículo iniciar a corrida, o motorista desceu do carro. Os passageiros também foram para fora e agrediram o condutor. Outros taxistas, que estavam no ponto em frente a uma boate, foram em direção ao local da briga.

Neste momento, um dos passageiros agrediu a vítima, causando cortes em sua cabeça. Os colegas prestaram auxílio e esperaram pela sua recuperação, enquanto seguranças da casa noturna apartavam a briga que continuava.

– Foi quando um deles disse que era policial militar. Pedi que ajudasse, que segurasse o amigo. Fiquei indignado com a atitude dele – afirmou a testemunha.

Os dois suspeitos, então, saíram a pé. Os taxistas encontraram os passageiros na esquina das ruas Félix da Cunha e General Netto. Houve nova discussão. Um dos homens teria tentado agredir a vítima, que teria passado mal. Ele chegou a ser conduzido ao hospital, mas não resistiu.

– Meu pai tinha 62 anos, mas era como se fosse uma criança. Estava sempre brincando com as netas, comigo – lamenta a filha do taxista Beatriz Cardoso.

Brigada Militar afirma que agressor estava de folga

Segundo o subcomandante do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), capitão Rodrigo Bastos Alves, o PM temporário é de Camaquã e estava de folga em Pelotas. Foi preso e está sob custódia no quartel do batalhão na cidade a partir de sua saída da delegacia. A homologação do auto de prisão em flagrante era aguardada para que fosse feita a transferência para o Presídio Regional Militar, em Porto Alegre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário