Policiais civis gaúchos iniciam operação-padrão - ZERO HORA 07/02/2012
Todas as delegacias do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) no Estado deverão iniciar hoje uma operação-padrão, conforme decisão de assembleia do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Policia Civil gaúcha (Ugeirm) na noite de ontem.
As medidas programadas são protesto à proposta de reajuste salarial oferecido pelo governo gaúcho. Conforme a Ugeirm, a decisão vai atingir atividades do cartório e da investigação. O presidente do sindicato, Isaac Ortiz, assinalou que o respeito às atribuições dos agentes é a forma com que a categoria irá demonstrar sua importância:
– A decisão dos agentes do Deic têm mais visibilidade pelas operações especiais e combate ao crime organizado.
O sindicato tem assembléia-geral marcada para o dia 7 de março, quando a categoria vai votar indicativo de greve.
Como será
- Agentes não fazem relatório de inquérito policial e flagrantes terão presença de delegados no comando dos trabalhos;
- Depoimentos deverão ser conduzidas pelos delegados;
- Todas as medidas cautelares deverão ser formuladas e requisitadas à Justiça pelos delegados;
- Agentes não vão preparar ou organizar operações policiais;
- A partir de hoje, as viaturas ficarão no pátio do Deic após 18 horas e equipes volantes não cumprirão plantão de sobreaviso fora do horário de expediente;
- Amanhã, todos os agentes vão entregar telefones funcionais, e as viaturas sem condição de circular ficarão na garagem.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
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