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Em 30 horas, região metropolitana de Salvador tem 29 homicídios. Ministro da Justiça chega neste sábado ao estado para acompanhar situação. O GLOBO e A TARDE, 4/02/12 - 10h37
RIO e SALVADOR- Em 30 horas, entre a 0h de sexta-feira e as 6h deste sábado, 29 pessoas foram vítimas de homicídios na região metropolitana de Salvador, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Além das mortes, dez tentativas de homicídios foram registradas somente na sexta-feira.
Apenas no bairro de Pituaçu, na sexta, foram mortas quatro pessoas de identidade ignorada. Também foram registrados homicídios nos bairros de em Ipitanga, Sete de Abril, Engomadeira, Madre de Deus, Jaguaribe, Bom Juá, Vila Canária e Liberdade.
Salvador amanheceu neste sábado com tropas da Polícia do Exército em alguns bairros. Militares do Batalhão fizeram blitz na Avenida Manoel Dias, bairro da Pituba, orla, nas ruas do fim de linha da Barroquinha, Centro, além da região do Comércio e do Centro Histórico da capital.
Na madrugada, bandidos saquearam uma loja de móveis na Rua Estrada das Barreiras, periferia de Salvador. Todos os produtos da loja foram retirados e, logo depois, bandidos atearam fogo no local.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, e o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, chegam à Bahia neste sábado para acompanhar a situação. O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, também integra o grupo.
Eles pretendem ver de perto as operações que o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, órgão do Ministério da Defesa, coordena para garantir a lei e a ordem durante a greve. Além dos 2,8 mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, o Ministério da Justiça informa que estão sendo enviados mais cerca de 450 policiais da Força Nacional.
O governador Jaques Wagner, o comandante da 6ª Região Militar, general G. Dias, e o secretário Maurício Barbosa receberão a comitiva na Base Aérea, às 10h.
Desde que decretaram greve e o caos se instalou no estado, os policiais militares mantém acampamento no entorno do prédio da Assembleia Legislativa. Os manifestantes alegam que só vão deixar o local depois que forem atendidos por um representante do governo.
O juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública, Ruy Eduardo Almeida Brito, considerou ilegal o movimento grevista. Os militares reivindicam aumento salarial de 50% e melhores condições de trabalho - um soldado ganha cerca de R$ 1,5 mil líquidos.
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