ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

GOVERNADOR ALVO DE DENÚNCIAS QUER DELEGADO "LIMPO"

Alvo de denúncias de corrupção, o governador de Brasília procura um delegado ‘limpo’ para assumir a Polícia Civil do DF. Carlos Newton - TRIBUNA DA INTERNET, 04/02/2012

Crivado por denúncias de irregularidades desde sua gestão na diretoria da Anvisa (Vigilância Sanitária), passando depois pelo Ministério do Esporte, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, está agora encontrando dificuldades para nomear o próximo diretor-geral da Polícia Civil, em substituição ao delegado Onofre de Moraes.

Como se sabe, Moraes teve de se demitir depois que foi revelada uma gravação antiga, em que ele dizia que Agnelo Queiroz tinha de sair “de camburão”. Agora, o governador diz que procura um delegado com experiência em investigações, respeito dos colegas, passado limpo, leal com a cúpula do Executivo, diplomático e sem vinculações políticas.

Ou seja, não basta um técnico, qualificado para comandar a classe e tomar decisões estratégicas sobre a área de segurança pública. O número um da corporação do FG precisa ter também um atributo essencial: a habilidade para impedir novas crises que prejudiquem os trabalhos nas delegacias, diretorias e departamentos especializados e no funcionamento do governo.

A dificuldade de encontrar alguém com essas características adiou o anúncio do sucessor de Onofre de Moraes. O governador não quer ninguém com potencial para produzir novos escândalos ou que se torne alvo de ataques de colegas ou de deputados da bancada da segurança pública na Câmara Legislativa. Muito menos um delegado que possa se tornar refém de seu passado.

Desse jeito, é provável que o governador nunca encontre um nome que reúna todas essas características. Porém, se encontrar um delegado realmente “com experiência em investigações, respeito dos colegas, passado limpo, leal com a cúpula do Executivo, diplomático e sem vinculações políticas”, o governador se arrisca a sair mesmo de camburão.

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