A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
O PIOR SALÁRIO - NEGOCIAÇÕES TRANCADAS ATÉ FIM DOS PROTESTOS
Casa Civil só discutirá reajuste salarial à Brigada Militar com o fim dos protestos. Nova reunião entre governo e representantes da BM está marcada para a sexta-feira da semana que vem - ZERO HORA ONLINE, 01/09/2011 | 12h05min
O governo do Rio Grande do Sul decidiu adiar as negociações com os representantes da Brigada Militar, após reunião no final da manhã desta quinta-feira no Palácio Piratini. Desde o início de agosto, os policias militares realizaram mais de 20 barricadas com a queima de pneus no interior do Estado e na Capital para reivindicar aumento de salário.
O chefe da Casa Civil, Carlos Pestana informou que tem um calendário de aumento salarial, mas que só será apresentado caso os protestos tenham fim ou hoje a identificação da autoria das manifestações. Uma nova reunião está marcada para a sexta-feira da semana que vem, dia 9.
Os PMs reivindicam aumento imediato de 25% e um calendário que aponte o salário da categoria em 2014. Na última proposta, o governo ofereceu reajuste de 4,5% em outubro. E conforme, Pestana, considerando os 6% concedidos em abril, os PMs ganhariam ao final do ano mais de 11% de aumento, percentual acima do que ganhou outras categorias. Além disso, o governo promete outro reajuste de 4,5% em março de 2012.
Pestana faz duras críticas aos protestos:
Em entrevista nesta manhã, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, fez duras críticas aos mais de 20 protestos realizados em estradas do Interior e em ruas de Porto Alegre.
— Nós não vamos aceitar este tipo de protesto que vai além do direito legítimo de reivindicar aumentos de salários. Os protestos não ajudam, mas atrapalham. Acabam perdendo a legitimidade por conta deste tipo de protestos — afirmou Pestana.
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