A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
PROTOCOLOS MUDARAM APÓS CASO DO ÔNIIBUS 174
Coronel do Bope: 'Protocolos mudaram após caso do ônibus 174'- O DIA, 10.08.11 às 13h10
Rio - O trauma do ônibus 174 que resultou na morte da refém Geísa Firmo Gonçalves e do sequestrador Sandro Nascimento trouxe importantes lições para o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). O comandante do Bope, tenente-coronel René Alonso, afirmou que após o triste desfecho do crime no Jardim Botânico, o batalhão se comporta de maneira diferente neste tipo de situação extrema.
O comandante disse ainda que a resolução do sequestro foi rápida e que o Bope estaria pronto caso fosse necessária uma intervenção no interior do coletivo. "Toda grande falha tem que gerar novos protocolos. Após o 174, não perdemos nenhum refém", disse Alonso ao RJTV, da TV Globo.
Feridos
Entre os cinco feridos durante o assalto ao ônibus na Avenida Presidente Vargas, três permanecem internados no Hospital municipal Souza Aguiar, também no Centro. O caso mais grave é o de Liza Monica Pereira, que foi baleada no tórax e está em estado grave com fraturas na costela e na clavícula e uma contusão no pulmão. Ela está no Centro de Terapia Intensiva do hospital e não há previsão de alta.
De acordo com a Secretaria municipal de Saúde, Alcir Pereira, de 56 anos, foi atingido no pescoço e está em observação na enfermaria. O estado de saúde dele é estável. Fabiana Gomes da Silva, de 30 anos, levou um tiro perto da região do glúteo e passa bem. No entanto, também não há previsão de alta para eles também. Um outro homem foi atingido de raspão na perna e já foi liberado do hospital.
Um policial também ficou ferido. Atingido na perna, ele segue internado no Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio, na Zona Norte da cidade. Entre os reféns, 11 saíram ilesos na operação.
O sequestro
O ônibus com itinerário Praça XV-Duque de Caxias, Baixada Fluminense, foi cercado pela polícia na pista sentido Praça da Bandeira, na altura do Sambódromo. Quando o ônibus parou no ponto, os criminosos entraram e pagaram a passagem. O motorista desconfiou e no ponto seguinte conseguiu fazer sinal para dois policiais e aproveitou para fugir.
Policiais militares do batalhões do Méier, de São Cristóvão e da Praça Tiradentes, do Batalhão de Policiamento de Choque (BPCHQ) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram acionados para o local. Os pneus do ônibus foram furados após duas tentativas de fuga dos criminosos. Policiais armados de fuzis e pistola se posicionaram do outro lado da pista.
Quatro homens entraram no ônibus e um deles saltou do veículo com uma refém e depois fugiu. Outro criminoso teria deixado o veículo em seguida. Durante a fuga, o homem ainda roubou um carro e manteve um casal refém até Manguinhos, no subúrbio. Segundo a polícia, testemunhas afirmaram em depoimento que os criminosos não dispararam dentro do veículo. Mas, segundo a delegada, somente a perícia da Polícia Civil vai apontar de onde partiram os tiros.
Prisões
Dois criminosos responsáveis pelo sequestro ao ônibus foram capturados logo após a ação e foram identificados como Renato da Costa Júnior, de 21 anos, e Bruno Silva Lima, de 19 anos. O terceiro preso foi capturado no início da madrugada desta quarta-feira, quando deu entrada no Hospital São Lucas, em Copacabana, usando seu plano de saúde. Um quarto bandido foi identificado por fotos do banco de dados da Polícia Civil como Clerivan da Silva Mesquita e terá um mandado de prisão preventiva expedido.
Os dois foram levados para a 6ª DP (Cidade Nova), onde foram identificados como sendo das favelas do Alemão e do Jacarezinho. Um deles, que dirigiu o ônibus, usava camisa social e gravata. Segundo testemunhas, eles embarcaram na Praça 15 e renderam passageiros na altura do Estácio, quando PMs, alertados pelo motorista, entraram no ônibus. O terceiro preso, Jean Junior da Costa Oliveira, de 21 anos, é provavelmente de uma comunidade de Duque de Caxias.
Jean desceu do ônibus levando um passageiro. Na altura do Estácio, ele começou a dar tiros a esmo. Em seguida, roubou um Zafira com um casal. Dois PMs pediram emprestado o veículo de motorista e seguiram o bandido até a favela do Mandela, em Manguinhos. O criminoso abandonou o veículo e as vítimas e fugiu a pé para a favela. No entanto, ele acabou preso durante a madrugada após dar entrada no hospital com um tiro na perna. Policiais militares do 19º BPM (Copacabana) estiveram no local e prenderam Jean após ele ter sido reconhecido por um dos passageiros do ônibus.
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