A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
O PIOR SALÁRIO - MADRUGADA TEVE CINCO BLOQUEIOS COM PNEUS QUEIMADOS EM RODOVIAS
Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar confirma envolvimento no protesto em Palmeira das Missões - ZERO HORA, 26/08/2011, Atualizada às 11h46min
Mais cinco bloqueios de trânsito com pneus queimados foram registrados na madrugada desta sexta-feira. Em três casos, foram deixados cartazes pedindo melhores salários para os policiais militares.
A BR-392 ficou interrompida no km 26, em Rio Grande, no sul do Estado. Em Palmeira das Missões, no Noroeste, o bloqueio foi feito na BR-158. O terceiro ponto foi na ERS-118, em Gravataí, na Região Metropolitana. O outro protesto ocorreu na Avenida Getúlio Vargas, em frente à prefeitura de Alvorada, também na Região Metropolitana.
Também houve queima de pneus na BR-472, em Três de Maio, no noroeste do Estado, por volta das 23h de quinta-feira. Bombeiros foram acionadas para apagar as chamas. O trânsito ficou interrompido por mais de uma hora. No local, foi encontrada uma faixa dizendo que a Brigada Militar no RS tem o menor salário do país.
O presidente da Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar, Leonel Lucas, confirma o envolvimento direto da entidade em um dos casos, o de Palmeira das Missões. Os autores das manifestações não foram encontrados em nenhum dos protestos. O comando da BM apura o envolvimento de policiais, que podem ser punidos.
A associação será recebida nesta manhã por representantes do governo. Se não houver acordo, os protestos devem continuar, afirmou Leonel Lucas, em entrevista à Rádio Gaúcha.
— O protesto vai continuar se o governo não atender nosso pedido.
Desde o início do mês, protestos semelhantes têm sido registrados em rodovias gaúchas. Na quarta-feira, houve queima de pneus nas rodovias Erechim — Concórdia (BR-153), Ivoti — Novo Hamburgo (BR-116) e Santa Rosa — Giruá (ERS-344). Na terça-feira, a PRF encontrou uma pilha de pneus queimados em Tapes, na BR-116. Na segunda-feira, cerca de 30 pneus foram incendiados na BR-285, em Passo Fundo, no norte do Estado. Faixas alusivas ao salário dos policiais também foram colocadas na via. Manifestação semelhante já havia sido feita em Frederico Westphalen, também no Norte, no dia 4 de agosto. A polícia investiga a autoria dos protestos.
"Isso é delito e as pessoas vão responder", diz Tarso sobre protestos da BM. Em Rio Grande, governador repudiou bloqueio de estradas no Estado. Roberto Witter
Em Rio Grande, no sul do Estado, onde palestra para empresários e investidores da região, o governador Tarso Genro falou sobre os protestos realizados na madrugada desta sexta-feira, quando estradas foram bloqueadas com a queima de pneus. Em entrevista coletiva, o governador repudiou a ação, possivelmente realizada por integrantes da Brigada Militar.
— Nós temos observado que pessoas anônimas, até agora, estão bloqueando estradas federais, queimando pneus. Isso é delito, certamente será investigado pela Polícia Federal e as pessoas vão responder. Não sei tem conexão com o movimento dos brigadianos, tomara que não, porque se tiver é uma coisa grave, e algo que não pode ser colocado como pressão para negociação. É uma mancha no bom prestígio da Brigada Militar com a sociedade. Um exemplo de como não se deve comportar uma corporação mediante negociação — afirmou o governador.
Pela manhã, em Rio Grande, o governador recebeu um grupo de PMs que estava em frente ao hotel onde ele estava hospedado. Às 11h, o governador recebeu uma condecoração da Marinha, ao lado do ex-governador Olívio Dutra. Quando chegava ao prédio da Câmara do Comércio, às 12h, onde participa do evento Tá em Pauta, promovido pelo Grupo RBS em parceria com a Câmara de Comércio da cidade, o governador conversou com professoras ligadas ao Cpers.
Na Capital, uma reunião no Palácio Piratini pode definir o futuro das manifestações dos policiais no Estado. Representantes da Associação de Cabos e Soldados se reúnem com representantes das secretarias da Segurança, da Fazenda e da Administração.
O presidente da associação de policiais, Leonel Lucas, afirma que os protestos vão continuar, se o pedido de reajuste salarial não for atendido pelo governo. Estão previstos cerca de 50 bloqueios, se houver negativa do governo, além de barreiras nos principais acessos ao Estado por rodovias federais como a BR-116, a BR-101 e a BR-386. A reunião está em andamento.
Desde o início do mês, protestos têm sido registrados em rodovias gaúchas. Na quarta-feira, houve queima de pneus nas rodovias Erechim — Concórdia (BR-153), Ivoti — Novo Hamburgo (BR-116) e Santa Rosa — Giruá (ERS-344). Na terça-feira, a PRF encontrou uma pilha de pneus queimados em Tapes, na BR-116. Na segunda-feira, cerca de 30 pneus foram incendiados na BR-285, em Passo Fundo, no norte do Estado. Faixas alusivas ao salário dos policiais também foram colocadas na via. Manifestação semelhante já havia sido feita em Frederico Westphalen, também no Norte, no dia 4 de agosto. A polícia investiga a autoria dos protestos.
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