WANDERLEY SOARES, REDE PAMPA, O SUL, Porto Alegre, Quinta-feira, 18 de Agosto de 2011.
Os sofridos juízes e promotores federais, com certeza, terão o apoio das organizações da segurança pública do RS, especialmente da faixa que recebe os mais baixos salários do País
Os juízes federais decidiram em assembleia geral extraordinária, realizada quarta-feira última, realizar um Dia Nacional de Mobilização pela Valorização da Magistratura e do Ministério Público. O protesto por mais segurança, estrutura de trabalho, melhoria na política remuneratória e nas políticas de saúde e previdência dos juízes está marcado para o próximo dia 21 de setembro, em Brasília.
Por evidência, os organismos da segurança pública do Rio Grande do Sul darão amplo apoio ao movimento dos sofridos magistrados e promotores federais. Afinal, os policiais gaúchos estão sendo submetidos às mesmas penúrias, especialmente aqueles de nível médio que, como os magistrados e membros do Ministério Público, têm mínima segurança para o desempenho de suas funções e são monitorados por uma política salarial humilhante.
No caso da Brigada Militar, os salários estão consagrados como os mais baixos do País e, por isso, os PMs são obrigados a sobreviver em áreas periféricas de suas cidades, problema que, certamente, também assola os juízes e promotores mais verdes. O protesto de 21 de setembro, em Brasília, deverá ser justo, perfeito e, por isso, bem-sucedido. Saravá!
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
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