ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

sábado, 6 de agosto de 2011

NA FOLGA - GOVERNO VAI IMPLANTAR "BICO" PARA PMs EM CONCESSIONÁRIAS

Governo pode implantar de programa de trabalho extra para PMs em concessionárias. Proest permitiria que PMs de folga fizessem segurança empresas com a Supervia e o Metrô Rio - O DIA ONLINE, 06.08.11 às 16h47

Rio - O Governo do Estado estuda a implantação de uma vertente do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis), destinada a atender as concessionárias de serviços públicos. O Proest (Programa Estadual de Segurança nos Serviços Públicos em Regime de Concessão) permitiria à Polícia Militar ceder profissionais em dias de folga para contratação por empresas operadoras de serviços, em iguais condições e nos mesmos moldes do Proeis – ao qual seria vinculado. Segundo o coordenador do programa, tenente-coronel Odair Lopes Júnior, as concessionárias de trens (Supervia) e metrô (Metrô Rio) já sinalizaram interesse em assinar convênio.

O Proeis foi criado para dar uma alternativa aos profissionais que costumam fazer bico nos dias de folga em atividades privadas. O programa permite que policiais militares possam trabalhar voluntariamente para prefeituras nas folgas mediante gratificação. Hoje, cerca de 250 profissionais fazem segurança para a Prefeitura do Rio em ações de repressão ao transporte rodoviário ilegal (vans e táxis), graças ao convênio assinado pelo Governo do Estado com a administração da capital do estado no dia 4 de abril.

Futuramente, esse número deve aumentar. O convênio prevê a contratação de até 12 mil turnos por mês, o que dará uma média de 400 profissionais em atividade remunerada extra por dia. O Proeis também deve se estender para outros municípios. Segundo Odair Lopes, o Governo do Estado deve assinar mais três convênios, com as prefeituras de Macaé, na Região Norte Fluminense, de Queimados, na Baixada Fluminense, e de Itaperuna, na Região Noroeste Fluminense, pelos quais a PM cederá por dia cerca de 40 policiais a cada prefeitura.

Gratificação de R$ 150 a R$ 175 por dia

Os valores pagos por turno de oito horas trabalhadas a cada policial militar é de R$ 175 para oficiais e de R$ 150 para praças. O policial pode trabalhar até 12 turnos (máximo) a cada 30 dias. Todo o controle, desde a inscrição até a geração de relatório para pagamento dos profissionais de segurança, é feito online e por aplicativo criado pela PM.

Os policiais trabalham fardados, armados, equipados e com as garantias do Estado, atuando em diferentes funções desde apoio à Guarda Municipal no combate ao comércio irregular e fiscalização de trânsito à perturbação do sossego e em tudo que o município achar necessário. As viaturas utilizadas terão identificação do Proeis e os policiais usam faixas braçais especiais.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Depois não se culpem os governantes pelo estresse, intolerância, truculência e imperícia por parte dos policiais militares no serviço regular. É o período de folga e o tempo que poderia ficar com a família do servidor policial que o governo está comprando para revender. É mais uma evidência do descaso e da desvalorização da profissão policial estadual.

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