A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
DIVERGÊNCIA - INTELIGENCIA DA PC PÕE EM DÚVIDA ATENTADO À ROTA
Inteligência da polícia de São Paulo põe em dúvida atentado à Rota - DE SÃO PAULO - FOLHA.COM, 24/08/2011 - 08h08
Um relatório da inteligência da Polícia Civil de São Paulo põe em dúvida a versão da Polícia Militar sobre o atentado contra a sede da Rota, ocorrido em agosto de 2010. A informação é da reportagem de Rogério Pagnan publicada na edição desta quarta-feira da Folha.
O documento confidencial da inteligência da polícia diz que "possivelmente, o atentado contra a mencionada sede miliciana seria para tirar o foco de práticas ilícitas envolvendo integrantes da Rota e martirizar os envolvidos."
O ataque foi divulgado pela Rota 17 horas após seu comandante, o tenente-coronel Paulo Adriano Telhada, afirmar também ter sido vítima de atentado, este ocorrido em sua casa, na zona norte.
Na versão oficial, o ex-detento Frank Ligieri Sons, 33, atacou a tropa especial ao lado de um comparsa, atirando no prédio, com um coquetel molotov na mão. Ainda segundo a versão oficial, os policiais da Rota revidaram e mataram Sons. O outro fugiu.
OUTRO LADO
O comando da Polícia Militar de São Paulo informou ontem, por meio de nota, que irá solicitar cópia do relatório de inteligência para a Polícia Civil a fim de realizar investigações a respeito do caso.
"Havendo qualquer irregularidade, a Polícia Militar será implacável contra eventuais desvios de conduta, assim como será rigorosa nas devidas apurações", diz trecho na nota da corporação.
Procurada, a Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que as investigações sobre atentando da Rota ainda estão em andamento.
"O delegado Eder Pereira da Silva, titular do 12º DP [Pari], informou que as investigações ainda não foram concluídas. Em abril fez o pedido de prorrogação de prazo, mas ainda não houve resposta", afirma trecho na nota.
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