ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

CUECAS REMENDADAS


WANDERLEY SOARES, REDE PAMPA, O SUL, 05 de Agosto de 2011.

É vexaminoso o quadro em que estão jogados os policiais de nível médio em nosso sempre grande Rio Grande do Sul.

A Brigada Militar realizará sindicância para apurar se houve participação de policiais militares no protesto que bloqueou a BR-386, em Frederico Westphalen. A Associação de Cabos e Soldados assumiu autoria da manifestação que fez parte da campanha salarial. No local, patrulheiros rodoviários não encontraram ninguém. Constataram a existência apenas de pneus queimando e uma faixa pedindo salários menos indignos para os PMs.

Independentemente do que possa ocorrer nessa sindicância, uma verdade assola a família de nível médio da Brigada Militar. Tal família recebe os salários mais baixos em relação às demais policiais militares do País. Trata-se de um quadro vexaminoso para os últimos governos, incluso o atual, uma situação humilhante para o Rio Grande e um quadro de desolação para os policiais que estão na linha de frente contra a violência e a criminalidade, sempre crescente, não obstante as estatísticas oficiais e festivas.

Da minha torre, tenho pregado sempre que segurança pública não se faz com remendos. Os nossos brigadianos, excetuando-se os palacianos, são obrigados a trabalhar com coturnos brilhantes, fardas bem passadas, mas com cuecas remendadas, os homens, e, as mulheres, com calcinhas de R$ 1,99.

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