A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
EM MEMORANDO, PEDIDO PARA PRISÕES DE "REPERCUSSÃO"
Em memorando, Polícia Civil determina que delegados façam prisões de ‘repercussão’- Guilherme Amado, EXTRA, 16/08/2011 às 02:00
O diretor do Departamento de Polícia do Interior, delegado João Batista Byron, enviou um texto de cinco linhas, no último dia 2, a todas as delegacias do interior, determinando que haja empenho para realizar "prisão de grande repercussão" e que sejam noticiados fatos "de enorme relevância". No memorando, Byron diz que atende a solicitação da chefe de Polícia, delegada Martha Rocha.
Delegados receberam a ordem com estranheza.
— Interpretei como uma ordem para fazer prisões espetaculosas, para aparecer na mídia — criticou um delegado, que disse não depender dele esse tipo de prisão: — Não é a polícia que vai decidir a repercussão de uma prisão.
O texto também foi taxado de "redundante":
— Fatos de grande relkevância já são passados para a Cinpol, o órgão de inteligência da polícia.
Byron recusou-se a explicar o motivo da circular, enviada a dezenas de DPs:
— Não vou poder dar essa informação. É coisa interna. Infelizmente, chegou à sua mão. Não vou falar absolutamente nada — afirmou Byron.
Em nome da delegada Martha Rocha, a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil disse que esta seria uma medida antiga:
"O termo ‘prisão de grande repercussão’ não se refere à imprensa. É a Polícia Civil realizando um trabalho satisfatório", dizia nota enviada ao EXTRA.
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