ZERO HORA 05 de outubro de 2013 | N° 17574
EDITORIAIS
Investigação da Polícia Civil apontou 10 policiais militares como responsáveis pela tortura, morte e ocultação do corpo do pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido depois de levado a uma Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha, no Rio. A banalização do envolvimento de policiais com o crime condenaria a notícia a uma abordagem apressada e, infelizmente, desinteressada, se os personagens não fossem policiais preparados para evitar e denunciar o que acabaram fazendo, num posto em que o envolvimento comunitário e a transparência nas atitudes deveriam prevalecer. Os 10 acusados, com prisão preventiva decretada, são protagonistas de um fato com repercussão nacional, porque evidencia a violência e o arbítrio em áreas consideradas pacificadas pelo governo.
O assassinato de Amarildo conspira contra todo o esforço feito pelo Rio, e copiado por outros Estados, entre os quais o Rio Grande do Sul, para que a polícia ostensiva tenha um novo perfil. É lamentável que os integrantes da UPP tenham cometido o mesmo crime que caracteriza a forma de atuação de grande contingente da polícia militar fluminense envolvido com traficantes e com milícias. Uma interrogação atormenta, a partir do episódio, as populações do Rio e do Brasil: se quadros treinados para agir de forma diferente acabam por desmerecer uma ideia inovadora, em quem, afinal, será possível confiar?
As polícias, civis e militares, estão na linha de frente do combate ao crime e, por isso, sujeitas a julgamentos, às vezes precipitados, sobre os métodos empregados. Importa que o caso de Amarildo seja esclarecido. Assim como é importante que as suspeitas de arbítrio – ou, no mínimo, de excessos – sejam esclarecidas em relação ao cumprimento dos mandados de busca e apreensão, pela Polícia Civil gaúcha, nas investigações envolvendo acusados de depredações. Mesmo que o caso em questão no Rio Grande do Sul não seja comparável ao grave episódio do Rio, é preciso que o governo se mobilize no sentido de deixar claro se agiu, como tem dito, de acordo com as leis e o respeito à democracia.
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Investigação da Polícia Civil apontou 10 policiais militares como responsáveis pela tortura, morte e ocultação do corpo do pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido depois de levado a uma Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha, no Rio. A banalização do envolvimento de policiais com o crime condenaria a notícia a uma abordagem apressada e, infelizmente, desinteressada, se os personagens não fossem policiais preparados para evitar e denunciar o que acabaram fazendo, num posto em que o envolvimento comunitário e a transparência nas atitudes deveriam prevalecer. Os 10 acusados, com prisão preventiva decretada, são protagonistas de um fato com repercussão nacional, porque evidencia a violência e o arbítrio em áreas consideradas pacificadas pelo governo.
O assassinato de Amarildo conspira contra todo o esforço feito pelo Rio, e copiado por outros Estados, entre os quais o Rio Grande do Sul, para que a polícia ostensiva tenha um novo perfil. É lamentável que os integrantes da UPP tenham cometido o mesmo crime que caracteriza a forma de atuação de grande contingente da polícia militar fluminense envolvido com traficantes e com milícias. Uma interrogação atormenta, a partir do episódio, as populações do Rio e do Brasil: se quadros treinados para agir de forma diferente acabam por desmerecer uma ideia inovadora, em quem, afinal, será possível confiar?
As polícias, civis e militares, estão na linha de frente do combate ao crime e, por isso, sujeitas a julgamentos, às vezes precipitados, sobre os métodos empregados. Importa que o caso de Amarildo seja esclarecido. Assim como é importante que as suspeitas de arbítrio – ou, no mínimo, de excessos – sejam esclarecidas em relação ao cumprimento dos mandados de busca e apreensão, pela Polícia Civil gaúcha, nas investigações envolvendo acusados de depredações. Mesmo que o caso em questão no Rio Grande do Sul não seja comparável ao grave episódio do Rio, é preciso que o governo se mobilize no sentido de deixar claro se agiu, como tem dito, de acordo com as leis e o respeito à democracia.
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