Polícia investiga morte de PM em baile funk na periferia de São Vicente. Ele foi agredido por mais de 20 pessoas e teve o corpo queimado, após ser descoberto por traficantes, que vendiam drogas na festa
07 de outubro de 2013 | 15h 22
Zuleide de Barros - O Estado de S. Paulo
SÃO VICENTE - Familiares do policial militar morto na madrugada de sábado, 5, em um baile funk realizado no Lixão do Sambaiatuba, periferia de São Vicente, recolheram material nesta segunda-feira, 7, no IML de Santos, para a realização de exames de DNA, na capital, a fim de comprovar o parentesco com o soldado PM Leandro do Nascimento Carvalho, que completaria 29 anos nesta terça-feira. O policial foi morto com requintes de crueldade: ele foi agredido por mais de 20 pessoas e teve seu corpo queimado após ser descoberto pelos participantes do baile e por traficantes, que vendiam drogas abertamente na festa. Os bandidos atearam fogo no corpo do policial, que estava lotado na 2ª Companhia do 45º Batalhão de Polícia de Praia Grande.
Outro amigo de Leandro, um ex-sargento da Aeronáutica, Denis dos Santos Pedroso, de 29 anos, que é engenheiro civil e trabalha como técnico na Petrobrás de Cubatão, levou vários tiros no mesmo baile e permanece internado, em estado grave, na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Ana Costa. Um guarda municipal, que acompanhava os dois amigos, conseguiu fugir do local, onde é realizado, nas noites de sexta-feira, o chamado Baile da Mandala, onde além de dançar funk, os participantes utilizam drogas.
De acordo com informações da polícia, um dos três rapazes teria mexido com a mulher de um dos traficantes, o que acabou motivando o crime. Segundo testemunhas, após assassinar Leandro, os marginais arrastaram o corpo por cerca de 200 metros, próximo à favela do Sambaiatuba, onde era realizado o baile.
Por volta das 7 horas de sábado, policiais do 2º Distrito Policial de São Vicente, onde a morte está sendo investigada, encontraram um Fiat Prêmio vinho, de placas BOU 7199, de Itapecerica da Serra, nas proximidades do local do crime. O veículo estava abandonado com um galão de combustível no seu interior. A polícia não descarta a possibilidade do carro ter sido utilizado pelos marginais.
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