Cabral diz que atuação da polícia foi correta durante manifestação. PM só agiu quando vândalos deram início a depredação, segundo o governador
ANA CLAUDIA COSTA
O GLOBO
Atualizado:8/10/13 - 13h48
O governador Sérgio Cabral inaugura a ala de quimioterapia do Hospital Estadual da Criança Pablo Jacob / Agência O Globo
RIO — O governador Sérgio Cabral disse que a Polícia Militar se posicionou de forma correta na noite desta segunda-feira, garantindo uma manifestação tranquila aos professores. Cabral inaugurou, na manhã desta terça0-feira, o setor de quimioterapia no Hospital Estadual da Criança, em Vila Valqueire, na Zona Oeste. O governador acrescentou que a polícia começou a agir quando a passeata acabou e os vândalos deram inicío à depredação do patrimônio público.
Cabral ressaltou ainda que o governo havia determinado, no início da semana, que os esforços fossem direcionados no intuito de garantir o direito à manifestação e impedir o caos e atos de vandalismo provocados por esses grupos.
A percepção dos manifestantes, na segunda-feira, era a de que havia menos policiais nas ruas. Apesar de a PM negar mudanças no policiamento e queda no número de militares acompanhando o protesto, os números contradizem a corporação. Segundo a informação oficial, 500 policiais do Batalhão de Grandes Eventos, com apoio das forças de choque de outras unidades, estavam no local. Na última manifestação de professores, o número oficial era de 700 homens nas ruas.
Polícia registra 17 ocorrências
A Polícia Civil registrou 17 ocorrências após a manifestação, de acordo com a assessoria da corporação. Na 5ª DP (Mem de Sá) foram realizados 13 registros, incluindo dois pelo crime de dano ao patrimônio público. Segundo a assessoria, um grupo de vândalos jogou pedras no contêiner da Guarda Municipal que fica ao lado dos Arcos da Lapa. Outro grupo ateou fogo na sala do cerimonial da Coordenadoria Militar da Câmara Municipal.
Dois casos de incêndio também foram registrados na delegacia, sendo um ônibus queimado na Avenida Rio Branco e uma loja na Rua Treze de Maio. Três registros de apreensão de material e duas comunicações de furto a estabelecimento, um a uma loja de telefonia, na Rua México, e outro a um restaurante na Avenida Franklin Roosevelt, também foram realizados na delegacia.
Três guardas municipais que estavam de plantão na Câmara de Vereadores registraram na delegacia da Mem de Sá terem sido vítimas de lesão corporal. Vândalos jogaram artefatos explosivos contra os agentes. Um carro da guarda também foi atacado com pedras.
Houve ainda um registro pelos crimes de dano e formação de quadrilha, onde um grupo de vândalos, ainda não identificado, depredou diversas lojas, prédios, instituições financeiras, coletivos, pontos de ônibus, lixeiras e o prédio da Justiça Federal, na Avenida Rio Branco.
Edvar José da Silva foi preso em flagrante por policiais militares em frente ao Terminal Procópio Ferreira carregando quatro televisores de 32”, dez pares de chinelo e pacotes de fralda, sem notas ficais. Ele foi autuado pelo crime de receptação.
Na 4ª DP (Praça da República) foram abertos dois registros de lesão corporal. Seis guardas municipais foram queimados e agredidos e três manifestantes ficaram feridos, sendo que dois deles foram atingidos por pedras e um sofreu uma queda. Os feridos foram atendidos no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, e ainda não procuraram a delegacia. As investigações vão ficar com a 5ª DP.
Já na 12ª DP (Copacabana), foi feito um registro de desacato. Uma manifestante foi levada à delegacia acusada de xingar policiais militares, assinou o termo circunstanciado e foi liberada. Na 17ª DP (São Cristóvão) foi registrada uma ocorrência de furto. Com o suspeito foi apreendido um rádio para carro e uma bolsa. Foi aberta investigação para apurar a procedência do material apreendido.
A assessoria da Polícia Civil também informou que, conforme ocorreu durante as manifestações de junho e julho, equipes da 4ª DP (Praça da República) e da 5ª DP (Mem de Sá) vão percorrer as ruas do Centro para identificar lojas depredadas e orientar os comerciantes para que façam o registro de ocorrência. Os policiais também vão buscar câmeras de segurança que auxiliem nas identificações e investigações. O Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) realizou diversas perícia na madruga desta terça-feira e vai realizar exames complementares hoje na Câmara de Vereadores e no prédio da Justiça Federal.
Atualizado:8/10/13 - 13h48
O governador Sérgio Cabral inaugura a ala de quimioterapia do Hospital Estadual da Criança Pablo Jacob / Agência O Globo
RIO — O governador Sérgio Cabral disse que a Polícia Militar se posicionou de forma correta na noite desta segunda-feira, garantindo uma manifestação tranquila aos professores. Cabral inaugurou, na manhã desta terça0-feira, o setor de quimioterapia no Hospital Estadual da Criança, em Vila Valqueire, na Zona Oeste. O governador acrescentou que a polícia começou a agir quando a passeata acabou e os vândalos deram inicío à depredação do patrimônio público.
Cabral ressaltou ainda que o governo havia determinado, no início da semana, que os esforços fossem direcionados no intuito de garantir o direito à manifestação e impedir o caos e atos de vandalismo provocados por esses grupos.
A percepção dos manifestantes, na segunda-feira, era a de que havia menos policiais nas ruas. Apesar de a PM negar mudanças no policiamento e queda no número de militares acompanhando o protesto, os números contradizem a corporação. Segundo a informação oficial, 500 policiais do Batalhão de Grandes Eventos, com apoio das forças de choque de outras unidades, estavam no local. Na última manifestação de professores, o número oficial era de 700 homens nas ruas.
Polícia registra 17 ocorrências
A Polícia Civil registrou 17 ocorrências após a manifestação, de acordo com a assessoria da corporação. Na 5ª DP (Mem de Sá) foram realizados 13 registros, incluindo dois pelo crime de dano ao patrimônio público. Segundo a assessoria, um grupo de vândalos jogou pedras no contêiner da Guarda Municipal que fica ao lado dos Arcos da Lapa. Outro grupo ateou fogo na sala do cerimonial da Coordenadoria Militar da Câmara Municipal.
Dois casos de incêndio também foram registrados na delegacia, sendo um ônibus queimado na Avenida Rio Branco e uma loja na Rua Treze de Maio. Três registros de apreensão de material e duas comunicações de furto a estabelecimento, um a uma loja de telefonia, na Rua México, e outro a um restaurante na Avenida Franklin Roosevelt, também foram realizados na delegacia.
Três guardas municipais que estavam de plantão na Câmara de Vereadores registraram na delegacia da Mem de Sá terem sido vítimas de lesão corporal. Vândalos jogaram artefatos explosivos contra os agentes. Um carro da guarda também foi atacado com pedras.
Houve ainda um registro pelos crimes de dano e formação de quadrilha, onde um grupo de vândalos, ainda não identificado, depredou diversas lojas, prédios, instituições financeiras, coletivos, pontos de ônibus, lixeiras e o prédio da Justiça Federal, na Avenida Rio Branco.
Edvar José da Silva foi preso em flagrante por policiais militares em frente ao Terminal Procópio Ferreira carregando quatro televisores de 32”, dez pares de chinelo e pacotes de fralda, sem notas ficais. Ele foi autuado pelo crime de receptação.
Na 4ª DP (Praça da República) foram abertos dois registros de lesão corporal. Seis guardas municipais foram queimados e agredidos e três manifestantes ficaram feridos, sendo que dois deles foram atingidos por pedras e um sofreu uma queda. Os feridos foram atendidos no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, e ainda não procuraram a delegacia. As investigações vão ficar com a 5ª DP.
Já na 12ª DP (Copacabana), foi feito um registro de desacato. Uma manifestante foi levada à delegacia acusada de xingar policiais militares, assinou o termo circunstanciado e foi liberada. Na 17ª DP (São Cristóvão) foi registrada uma ocorrência de furto. Com o suspeito foi apreendido um rádio para carro e uma bolsa. Foi aberta investigação para apurar a procedência do material apreendido.
A assessoria da Polícia Civil também informou que, conforme ocorreu durante as manifestações de junho e julho, equipes da 4ª DP (Praça da República) e da 5ª DP (Mem de Sá) vão percorrer as ruas do Centro para identificar lojas depredadas e orientar os comerciantes para que façam o registro de ocorrência. Os policiais também vão buscar câmeras de segurança que auxiliem nas identificações e investigações. O Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) realizou diversas perícia na madruga desta terça-feira e vai realizar exames complementares hoje na Câmara de Vereadores e no prédio da Justiça Federal.
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