Ilustração: O Dever de Agir
ZERO HORA 08 de outubro de 2013 | N° 17577
SUA SEGURANÇA | HUMBERTO TREZZI
Quem relata essa é o experiente policial civil Alexandre Leão, ligado ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Ele estacionava o carro para um churrasco em família, no domingo, quando um senhor pediu ajuda para uma adolescente que tinha sido assaltada. Leão largou as carnes e foi, junto com o homem, atrás do ladrão, que tinha fugido de ônibus. A jovem os guiava e, ao ingressar no coletivo, apontou o ladrão, que estava de boné no fundo do veículo.
Leão e o homem agarraram o delinquente, que assumiu o roubo e devolveu objetos roubados. O policial dirigiu o carro com o criminoso preso em flagrante, seguro pelos braços pelo homem que ajudara a adolescente.
Quem é o homem, que não anunciara as credenciais para a jovem a quem ajudou? O coronel Nelson Pafiadache, ex-comandante da Brigada Militar, na reserva desde meados da década passada. Mesmo sem farda, anônimo passageiro de ônibus e recentemente enfartado, não se furtou de ir atrás do ladrão.
Fatos assim acontecem cotidianamente, mas o cidadão não fica sabendo. Ou porque o próprio policial incorpora isso como parte de sua rotina, ou porque é modesto (Pafiadache não tomou a iniciativa de contar o episódio, quem contou foi um agente) ou porque a mídia simplesmente não está informada a respeito.
Às vezes, o risco de sair da rotina é grande. No domingo, a capitão Deise Kologeski, do 33º Batalhão de Polícia Militar, fazia vistoria nas unidades que comanda (uma atividade burocrática) quando recebeu pedido de ajuda de um jovem, que saltou à frente do seu carro e disse ter sido assaltado. Ela e um colega foram pessoalmente atrás do bandido e acabaram recebidos a tiros. Uma bala pegou no peito da oficial. Só não a matou porque a PM estava de colete. Policial, aposentado ou atrás de escrivaninha, é sempre policial. É daquelas atividades para sempre. Em tempos de malhação pelo episódio Amarildo, é sempre bom lembrar as boas causas para que serve a polícia.
ZERO HORA 08 de outubro de 2013 | N° 17577
SUA SEGURANÇA | HUMBERTO TREZZI
Quem relata essa é o experiente policial civil Alexandre Leão, ligado ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Ele estacionava o carro para um churrasco em família, no domingo, quando um senhor pediu ajuda para uma adolescente que tinha sido assaltada. Leão largou as carnes e foi, junto com o homem, atrás do ladrão, que tinha fugido de ônibus. A jovem os guiava e, ao ingressar no coletivo, apontou o ladrão, que estava de boné no fundo do veículo.
Leão e o homem agarraram o delinquente, que assumiu o roubo e devolveu objetos roubados. O policial dirigiu o carro com o criminoso preso em flagrante, seguro pelos braços pelo homem que ajudara a adolescente.
Quem é o homem, que não anunciara as credenciais para a jovem a quem ajudou? O coronel Nelson Pafiadache, ex-comandante da Brigada Militar, na reserva desde meados da década passada. Mesmo sem farda, anônimo passageiro de ônibus e recentemente enfartado, não se furtou de ir atrás do ladrão.
Fatos assim acontecem cotidianamente, mas o cidadão não fica sabendo. Ou porque o próprio policial incorpora isso como parte de sua rotina, ou porque é modesto (Pafiadache não tomou a iniciativa de contar o episódio, quem contou foi um agente) ou porque a mídia simplesmente não está informada a respeito.
Às vezes, o risco de sair da rotina é grande. No domingo, a capitão Deise Kologeski, do 33º Batalhão de Polícia Militar, fazia vistoria nas unidades que comanda (uma atividade burocrática) quando recebeu pedido de ajuda de um jovem, que saltou à frente do seu carro e disse ter sido assaltado. Ela e um colega foram pessoalmente atrás do bandido e acabaram recebidos a tiros. Uma bala pegou no peito da oficial. Só não a matou porque a PM estava de colete. Policial, aposentado ou atrás de escrivaninha, é sempre policial. É daquelas atividades para sempre. Em tempos de malhação pelo episódio Amarildo, é sempre bom lembrar as boas causas para que serve a polícia.
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