JOSÉ LUÍS COSTA
SUCESSÃO NA SEGURANÇA
Mudanças à vista na BM e na Civil. Candidatura e vaga no Tribunal de Justiça Militar podem antecipar trocas
A cúpula da segurança pública gaúcha deverá ser alterada no primeiro semestre de 2014. O chefe da Polícia Civil, delegado Ranolfo Vieira Junior, pretende enveredar para a carreira política, e o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes, é o mais cotado para ocupar uma vaga como juiz no Tribunal de Justiça Militar (TJM).
Ao que tudo indica, a primeira mudança será na Polícia Civil. Na semana passada, Ranolfo se filiou ao PTB, partido da base aliada do governo Tarso Genro, e para concorrer, terá de se desincompatibilizar da função até 5 de abril – seis meses antes da eleição.
Ranolfo evita falar sobre o assunto – confirma apenas ter assinado ficha no PTB –, mas a tendência é que dispute uma cadeira de deputado estadual. Dias atrás, Tarso comentou que, por causa das candidaturas, estudava troca-troca no secretariado – e também em outros setores do governo – a partir do final do ano. Mas a tendência é que Ranolfo fique no cargo até a data-limite para o afastamento estabelecida em lei.
A mudança na BM está prevista para ocorrer a partir de 21 de junho. Neste dia, o juiz-militar João Vanderlan Rodrigues Vieira completa 70 anos e se aposenta compulsoriamente, deixando o TJM. Ele foi comandante-geral da BM na segunda metade do governo Alceu Collares (1991 a 1994).
Por tradição, o comandante-geral da BM é o escolhido para ocupar vaga no TJM. É uma decisão pessoal do governador. E o coronel Fábio é um antigo militante do PT, ligado à Democracia Socialista, a maior corrente petista gaúcha.
Segundos na hierarquia são os mais cotados
Na Polícia Civil, o nome mais cotado é o subchefe de Polícia, delegado Ênio Gomes de Oliveira. Braço direito de Ranolfo, Ênio atuou em Passo Fundo, na Secretaria da Segurança e no Departamento de Polícia do Interior.
Na BM, o subcomandante, coronel Silanus Mello, é o preferido do Piratini para assumir a cadeira de Fábio.
Procurados por Zero Hora, o secretário da Segurança Pública, Airton Michels, informou, por meio da assessoria, que não se pronunciaria sobre o assunto. O mesmo procedimento adotaram o delegado Ranolfo e o coronel Fábio.
SUA SEGURANÇA | HUMBERTO TREZZI
Perda de continuidade
Ase confirmar a informação do repórter José Luís Costa, a cúpula da segurança pública gaúcha experimentará não apenas uma, mas duas retiradas decisivas de cena. A primeira, já anunciada, é do delegado Ranolfo Vieira Junior da Chefia da Polícia Civil. A outra é a do comandante-geral da BM, coronel Fábio Duarte Fernandes, por hora apenas cogitada. Será, para dizer o mínimo, uma perda de continuidade.
Ranolfo é um fenômeno de sobrevivência política e longevidade na instável função de chefiar postos-chave na área da segurança. O delegado ocupa cargos de direção importantes há três governos. Foi diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que concentra a maioria das delegacias especializadas da Polícia Civil, durante os governos Germano Rigotto (PMDB) e Yeda Crusius (PSDB). Em 2011, assumiu o comando da Polícia Civil na gestão Tarso Genro (PT), de longe o maior opositor de Yeda. Casos assim, de manutenção do cargo em governos antagônicos, só se explicam por uma palavra: competência. A gestão de Ranolfo acumula, nestes anos, vitórias no campo da investigação, matéria-prima da Polícia.
Fábio Duarte também tem marcado seu comando, na BM, por uma postura diplomática. Não é dado a controvérsias, acumula algumas vitórias – como um gradual aumento no efetivo de PMs, após décadas de retração – e poucas polêmicas. A grande questão é quem irá substituir estes chefes. Nos bastidores as cartas começam a se movimentar.
QUEM ENTRA E QUEM SAI
DEIXAM O CARGO
- Fábio Duarte Fernandes – Oficial identificado com o PT, antes de ser comandante-geral, era subchefe de operações da Casa Militar do Palácio Piratini. Trabalhou durante quase cinco anos na bancada do PT na Assembleia.
- Ranolfo Vieira Junior – Desde 1997 na Polícia Civil, Ranolfo passou por delegacias do Interior foi delegado na Área Judiciária e atuou no Denarc. Durante três anos foi delegado regional no Vale do Sinos e, antes de assumir a Chefia, foi diretor do Deic por cinco anos.
POLÍCIA CIVIL
- Ênio Gomes de Oliveira – Ocupa a subchefia desde o início da gestão. Foi delegado regional em Passo Fundo, diretor do Departamento de Polícia do Interior, e atuou na Secretaria de Segurança Pública nos dois governos anteriores como coordenador da Assessoria de Gestão de Políticas de Segurança Pública.
SUCESSÃO NA SEGURANÇA
Mudanças à vista na BM e na Civil. Candidatura e vaga no Tribunal de Justiça Militar podem antecipar trocas
A cúpula da segurança pública gaúcha deverá ser alterada no primeiro semestre de 2014. O chefe da Polícia Civil, delegado Ranolfo Vieira Junior, pretende enveredar para a carreira política, e o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes, é o mais cotado para ocupar uma vaga como juiz no Tribunal de Justiça Militar (TJM).
Ao que tudo indica, a primeira mudança será na Polícia Civil. Na semana passada, Ranolfo se filiou ao PTB, partido da base aliada do governo Tarso Genro, e para concorrer, terá de se desincompatibilizar da função até 5 de abril – seis meses antes da eleição.
Ranolfo evita falar sobre o assunto – confirma apenas ter assinado ficha no PTB –, mas a tendência é que dispute uma cadeira de deputado estadual. Dias atrás, Tarso comentou que, por causa das candidaturas, estudava troca-troca no secretariado – e também em outros setores do governo – a partir do final do ano. Mas a tendência é que Ranolfo fique no cargo até a data-limite para o afastamento estabelecida em lei.
A mudança na BM está prevista para ocorrer a partir de 21 de junho. Neste dia, o juiz-militar João Vanderlan Rodrigues Vieira completa 70 anos e se aposenta compulsoriamente, deixando o TJM. Ele foi comandante-geral da BM na segunda metade do governo Alceu Collares (1991 a 1994).
Por tradição, o comandante-geral da BM é o escolhido para ocupar vaga no TJM. É uma decisão pessoal do governador. E o coronel Fábio é um antigo militante do PT, ligado à Democracia Socialista, a maior corrente petista gaúcha.
Segundos na hierarquia são os mais cotados
Na Polícia Civil, o nome mais cotado é o subchefe de Polícia, delegado Ênio Gomes de Oliveira. Braço direito de Ranolfo, Ênio atuou em Passo Fundo, na Secretaria da Segurança e no Departamento de Polícia do Interior.
Na BM, o subcomandante, coronel Silanus Mello, é o preferido do Piratini para assumir a cadeira de Fábio.
Procurados por Zero Hora, o secretário da Segurança Pública, Airton Michels, informou, por meio da assessoria, que não se pronunciaria sobre o assunto. O mesmo procedimento adotaram o delegado Ranolfo e o coronel Fábio.
SUA SEGURANÇA | HUMBERTO TREZZI
Perda de continuidade
Ase confirmar a informação do repórter José Luís Costa, a cúpula da segurança pública gaúcha experimentará não apenas uma, mas duas retiradas decisivas de cena. A primeira, já anunciada, é do delegado Ranolfo Vieira Junior da Chefia da Polícia Civil. A outra é a do comandante-geral da BM, coronel Fábio Duarte Fernandes, por hora apenas cogitada. Será, para dizer o mínimo, uma perda de continuidade.
Ranolfo é um fenômeno de sobrevivência política e longevidade na instável função de chefiar postos-chave na área da segurança. O delegado ocupa cargos de direção importantes há três governos. Foi diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que concentra a maioria das delegacias especializadas da Polícia Civil, durante os governos Germano Rigotto (PMDB) e Yeda Crusius (PSDB). Em 2011, assumiu o comando da Polícia Civil na gestão Tarso Genro (PT), de longe o maior opositor de Yeda. Casos assim, de manutenção do cargo em governos antagônicos, só se explicam por uma palavra: competência. A gestão de Ranolfo acumula, nestes anos, vitórias no campo da investigação, matéria-prima da Polícia.
Fábio Duarte também tem marcado seu comando, na BM, por uma postura diplomática. Não é dado a controvérsias, acumula algumas vitórias – como um gradual aumento no efetivo de PMs, após décadas de retração – e poucas polêmicas. A grande questão é quem irá substituir estes chefes. Nos bastidores as cartas começam a se movimentar.
QUEM ENTRA E QUEM SAI
Troca deve acontecer no final do primeiro semestre de 2014
DEIXAM O CARGO
- Fábio Duarte Fernandes – Oficial identificado com o PT, antes de ser comandante-geral, era subchefe de operações da Casa Militar do Palácio Piratini. Trabalhou durante quase cinco anos na bancada do PT na Assembleia.
- Ranolfo Vieira Junior – Desde 1997 na Polícia Civil, Ranolfo passou por delegacias do Interior foi delegado na Área Judiciária e atuou no Denarc. Durante três anos foi delegado regional no Vale do Sinos e, antes de assumir a Chefia, foi diretor do Deic por cinco anos.
QUEM PODE ASSUMIR A BM
- Silanus Mello – É subcomandante desde janeiro quando o coronel Fábio assumiu a BM. Foi comandante do 20º BPM, da Academia de Polícia Miliar, do Comando Rodoviário, do Batalhão de Operações Especiais e do Comando de Policiamento Metropolitano.
- Silanus Mello – É subcomandante desde janeiro quando o coronel Fábio assumiu a BM. Foi comandante do 20º BPM, da Academia de Polícia Miliar, do Comando Rodoviário, do Batalhão de Operações Especiais e do Comando de Policiamento Metropolitano.
POLÍCIA CIVIL
- Ênio Gomes de Oliveira – Ocupa a subchefia desde o início da gestão. Foi delegado regional em Passo Fundo, diretor do Departamento de Polícia do Interior, e atuou na Secretaria de Segurança Pública nos dois governos anteriores como coordenador da Assessoria de Gestão de Políticas de Segurança Pública.
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