ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

SOLDADO DE BM É ENCONTRADO MORTO A TIROS

MISTÉRIO EM BAGÉ. Polícia investiga as circunstâncias do assassinato do policial, que apresentava três marcas de tiro - ZERO HORA 11/10/2011

Um soldado da Brigada Militar (BM) foi encontrado morto no final da manhã de ontem em um barranco no bairro São Judas, em Bagé, na região da Campanha. Identificado como Maximiliano Nunes Chaves, 37 anos, o PM foi atingido por três tiros – dois no rosto e um no ombro.

Ainda que a investigação da Polícia Civil aponte inicialmente para homicídio, as circunstâncias do crime não haviam sido esclarecidas até o final da noite. Inicialmente, a BM informou que o corpo havia sido encontrado com apenas um disparo e que era possível que se tratasse de um suicídio, mas a hipótese foi descartada após a análise da perícia que confirmou as três perfurações.

Conforme o delegado Luís Eduardo Benites, o cadáver foi encontrado com roupas de passeio próximo a trilhos de trem na localidade conhecida como Balança. O corpo não tinha outras marcas de violência além dos tiros, e não foram encontradas testemunhas do crime. Três pessoas devem ser ouvidas ainda hoje pelo delegado.

– Vamos ter de investigar para identificar as possíveis motivações. Pode ter sido crime passional, vingança ou execução, não temos linha alguma ainda. Não tem nem como afirmar que ele foi morto ali, o corpo pode ter sido desovado – disse Benites.

Segundo o comandante do 6º Regimento de Polícia Montada (RPMon) de Bagé, major Emílio Barbosa Teixeira, o soldado tinha familiares na cidade – pelo menos o pai, a mãe e um irmão também morariam em Bagé –, estava lotado no regimento há cerca de dois anos e não tinha problemas disciplinares considerados graves. O PM atuava no setor de entrega de armamento do serviço de apoio. Chaves trabalhou por alguns meses também em Novo Hamburgo e Aceguá.

– Ele teve um problema de visão que havia o afastado do serviço por um tempo, mas voltou a trabalhar usando lentes. Eu cheguei a conversar com ele na sexta-feira, e ele disse que estava bem – relatou o comandante.

Chaves seria solteiro e dividiria um apartamento com um amigo de infância. Fontes da Brigada apontam que um amigo do PM teria relatado que Chaves saiu para encontrar uma mulher no domingo à noite.

CONFRONTO NA SERRA. Delegado segue internado na UTI

O delegado Marcelo Grolli, 44 anos, baleado na sexta-feira durante ação contra o tráfico de drogas em Caxias do Sul, segue internado na UTI do Hospital Pompéia.

Ele passou por uma cirurgia que durou cinco horas. De acordo com o cirurgião vascular periférico Rubens Guelfi, o tiro que atingiu a parte de trás do joelho esquerdo do delegado interrompeu a circulação sanguínea da perna ao atingir artérias e veias. O delegado se recupera bem.

Douglas Faoro de Castro, 23 anos, que baleou Grolli e matou o inspetor Luis Antônio Medeiros de Matos, 42 anos, também está internado no Hospital Pompeia. Ele passou por cirurgia, mas já está no quarto, sob escolta policial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário