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Operação contra a máfia israelense prende dez pessoas no Rio, entre elas três PMs - EXTRA, 07/10/2011
Pelo menos dez pessoas já foram presas no Rio, entre elas três policiais militares, numa operação conjunta da Receita Federal do Brasil, Polícia Federal e Ministério Público Federal para desarticular a atuação de uma quadrilha que atua na exploração de máquinas caça-níqueis. A ação, que acontece em 14 estados e no Distrito Federal, já prendeu ainda outras três pessoas no Espírito Santo. A organização criminosa, que é formada por cidadãos israelenses e brasileiros, também é acusada de contrabandear carros de luxo.
De acordo com com portal G1, entre as apreensões está o carro do jogador de futebol Kléberson, do Atlético-PR, um Jeep Hummer, cor preta. O mandado foi cumprido em Curitiba, no Paraná, na casa do atleta. O carro importado dos Estados Unidos de forma ilegal foi levado para o pátio da Receita Federal de Curitiba. Também foram apreendidos um Porsche e um Audi. Além disso, cerca de cem quilos de pedras preciosas foram apreendidas
Desde o início desta manhã, cerca de 150 servidores da Receita Federal e 500 policiais federais cumprem 22 mandados de prisão preventiva e 119 mandados de busca e apreensão. Os mandados, foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Estado do Rio de Janeiro. Um dos procurados da ação é o contraventor José Caruzzo Scafura, o Piruinha. Os agentes já estiveram, nesta manhã, em uma concessionária de revenda de veículos importados na Barra da Tijuca que pertence a um dos filhos de Piruinha, que também é procurado. Os agentes da Polícia Federal divulgaram ainda que um galpão no Engenho de Dentro, Zona Norte, foi fechado. Os policiais também fazem buscas no município de Niterói.
Segundo o superintentende da Polícia federal no Rio, Valmir Lemos de Oliveira, a investigação começou há dois anos. Um estrangeiro israelense, que não teve a identidade divulgada, agia com o apoio de pessoas envolvidas com contravenção e exportação carros de luxo, que entravam no país sem o devido pagamento de impostos. Os veículos eram vendidos pelo valor de mercado.
- Foi uma grande operação de combate à lavagem de dinheiro. Identificamos um esquema de um grupo estrangeiro que exportava veículos de forma ilegal e contava com o apoio de grupos brasileiros que tinham recursos financeiros para financiar o sistema e, pela venda dos carros, faziam a lavagem.
De acordo com a Receita Federal, os veículos de luxo de várias marcas e modelos eram adquiridos com pouquíssimo uso, o que não é permitido. A regra de importação de carros usados vale apenas para veículos antigos, com mais de trinta anos de fabricação, para fins culturais e de coleção, por herança aberta no exterior e os importados por missões diplomáticas, repartições consulares e representações de organismos internacionais. Entre 2009 e 2011, foi constatado que as empresas envolvidas na fraude realizaram a importação de mais de cem veículos usados. Os criminosos usariam parte do dinheiro adquirido com as máquinas caça-níqueis para financiar a importação dos automóveis.
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