Carga para interno. Corregedoria da Polícia Militar abre sindicância para apurar entrada de bebida no BEP - 24/10/2011 às 08h49m; O Globo
RIO - A Corregedoria da Polícia Militar abriu uma sindicância interna para apurar a entrega de bebidas alcoólicas no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica, na Zona Norte da cidade. Na tarde deste domingo, uma equipe de reportagem da rádio BandNews FM flagrou um Fiat carregado com 2.600 latas de cerveja entrando na unidade prisional. O motorista do veículo afirmou que a carga seria entregue a um interno, mas não revelou o nome dele.
O corregedor da Polícia Militar, coronel Waldyr Soares Filho, informou que o oficial que estava de plantão foi autuado por permitir a entrada do veículo no batalhão. No entanto, o corregedor disse não acreditar que a bebida fosse destinada à realização de uma festa.
O BEP é conhecido como "colônia de férias" entre os PMs presos. Já para o comandante e para os outros oficiais e também praças que trabalham naquela unidade, o BEP é considerado um grande "abacaxi".
No mês passado, vazaram fotos de uma festa de aniversário que aconteceu em 2010 supostamente custeada pelo ex-PM Carlos Ari Ribeiro, o Carlão , com direito a bebidas alcoólicas, bolo, doces e outras guloseimas . No dia 2 de setembro, Carlão fugiu do BEP em circunstâncias misteriosas.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário