CRIME EM VIAMÃO. Policial militar é morto a tiros perto de casa - CAROLINA ROCHA, ZERO HORA 17/10/2011
Aos gritos de “dá a arma, dá a arma”, um homem ainda não identificado, armado com faca e revólver, matou um policial militar na noite de sábado, no centro de Viamão. O soldado Édipo Zambeli, 23 anos, estava saindo de uma padaria na Rua Telmo de Godoy Pinto, próxima a sua casa, quando o criminoso entrou.
Segundo o coordenador das equipes volantes da 1ª Divisão Regional Metropolitana, inspetor Marcelo Carbone, em nenhum momento foi anunciado assalto. Antes que Édipo conseguisse esboçar qualquer tipo de reação, o atirador disparou quatro vezes. Os tiros atingiram o policial na barriga, fazendo com que ele caísse.
– Quando o soldado já estava caído, o homem atirou mais duas vezes, atingindo-o no lado direito – conta Marcelo Carbone.
Outro PM à paisana na padaria reagiu e atirou no bandido. Ferido nas costas, ele correu por cinco quadras. As marcas de sangue no chão da rua levaram os policiais até uma camiseta, perfurada e com manchas de sangue que o criminoso abandonou – segundo testemunhas, ele embarcou em um veículo escuro, ainda não identificado.
Durante a noite de sábado e manhã de domingo, policiais militares do 18º BPM, onde Édipo trabalhava, e policiais civis fizeram buscas pelo suspeito. Mas nenhum ferido com características semelhantes as do atirador havia dado entrada nos hospitais da Região Metropolitana até ontem à tarde.
A suspeita é de que a motivação do assassinato tenha sido uma vingança: em uma ação policial, cuja data e o local a polícia não divulgou ontem, PMs teriam matado um criminoso da região. A Polícia Civil investiga também a possibilidade de Édipo ter sido confundido com outro brigadiano, que mora no bairro e teria participado, recentemente, de operação na qual um criminoso foi morto.
Édipo atuava no Pelotão de Operações Especiais (POE) do 18º BPM e era pai de dois filhos. O corpo dele foi levado para Nova Esperança do Sul, no centro do Estado. Ele foi sepultado às 17h de ontem, com a presença de amigos e colegas de batalhão.
Corpo de policial assassinado será sepultado em Nova Esperança do Sul. PM foi morto a tiros no Centro de Viamão - CORREIO DO POVO, 16/10/2011 10:33
O corpo do policial militar (PM) Édipo Zambeli, 23 anos, será sepultado no final da tarde deste domingo em Nova Esperança do Sul, na região central do Estado. O PM foi morto a tiros na noite desse sábado, no Centro de Viamão. O crime ocorreu por volta das 20h, na rua Telmo de Godoy Pinto. Zambeli estava de folga e saía de um estabelecimento comercial, próximo a sua casa, quando foi alvejado por três disparos no abdômen e no tórax.
A vítima chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital de Caridade de Viamão, mas não resistiu aos ferimentos. Um outro policial, que estava de folga e encontrava-se próximo ao local da ocorrência, reagiu e chegou a ferir um dos criminosos com um disparo. No entanto, ninguém foi preso segundo a Brigada Militar.
Zambeli era filho único e pai de dois filhos. Em nota à imprensa, o 18º Batalhão de Polícia Militar (BPM) informou que “não foi anunciado roubo, motivo que levanta a hipótese de vingança/represália em razão do significativo número de prisões, em especial de traficantes, promovidas no município e das constantes ameaças que vem sofrendo o efetivo do Batalhão”.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
domingo, 16 de outubro de 2011
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