A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sábado, 1 de outubro de 2011
IMPUNIDADE FAZ ANIVERSÁRIO - INQUÉRITO SEM AUTORIA
Missa pede justiça seis anos após morte - zero hora 30/09/2011
Seis anos depois, o empresário Sérgio Mário Gabardo continua a busca por justiça pela morte de seu filho Mário Sérgio Gabardo, aos 20 anos, em Canoas. Ontem, o empresário participou de uma missa em sua empresa, em Porto Alegre, para lembrar a data em que o jovem foi baleado.
Estudante de Direito, Mário Sérgio se dirigia à casa de um amigo quando foi encurralado por um homem armado que saía de um Ka prata na noite de 29 de setembro de 2005. Ao tentar fugir, levou um tiro pelas costas e acabou morrendo.
Ontem, Sérgio Gabardo chorou ao lado do padre Avelino Kaufmann e em frente à família e aos funcionários ao lembrar do rapaz. Pelo menos uma vez por ano, ele improvisa um altar na garagem da empresa para rezar missa pelo filho. Sem nunca ter ido à delegacia – o depoimento foi prestado na empresa porque não haveria computador na DP –, não sabe se o caso ainda está aberto, mas clama por justiça.
– Enquanto eu não encontrar a morte, vou continuar – afirmou.
O inquérito foi encerrado e encaminhado ao Ministério Público de Canoas com o reconhecimento do veículo em que estava o autor do tiro, mas sem o nome de suspeito algum, informou ontem o delegado Flávio Conrado, à época titular da Delegacia Regional Metropolitana de Canoas. O dono do Ka tinha álibi e testemunhas.
– Não conseguimos chegar a uma conclusão – lamentou Conrado.
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