ZERO HORA 17/10/2011
A Polícia Militar do Rio de Janeiro afastou os dois PMs envolvidos em uma abordagem da atriz Thalma de Freitas, na noite de sexta-feira. Eles ficarão afastados de suas funções até o fim da apuração do caso em que são suspeitos de abuso de autoridade.
A atriz foi abordada pelos PMs no Morro do Vidigal, quando voltava da casa do namorado. Sozinha e a pé, Thalma abriu a bolsa para que os policiais a averiguassem.
Mesmo assim, alegando suspeitas, os PMs a levaram até a 14ª DP (Leblon) para que ela pudesse passar por uma revista íntima. Lá, após a revista, feita por agentes femininas, foi verificado que a atriz não tinha nada ilícito que pudesse incriminá-la. A atriz, segundo o advogado Arthur Lavigne, decidiu registrar queixa contra os dois PMs, que prestaram depoimento à delegada Elisa Borboni.
– Thalma ficou quatro horas na delegacia esperando duas policias chegarem para fazer a revista. Ela fez questão de esperar para provar que não tinha nenhum envolvimento com drogas – disse Lavigne ao site do jornal O Globo.
A delegada fez o registro de abuso de autoridade, ao constatar que não havia motivo para Thalma ser levada à delegacia.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário