A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
CABINES BLINDADAS DA PM INSALUBRES
Em cabines blindadas da PM, policiais também não têm água e esgoto. Cabine blindada na Praça Edmundo Rêgo, no Grajaú: faltam instalações de água e esgoto - Matheus Vieira e Priscilla Souza - EXTRA, 07/10/2011
Não é somente nas torres que os policiais passam apertos. Em cabines blindadas, instaladas no passado, o trabalho está pela metade. Reportagem do EXTRA de novembro de 2009 mostrou que cada unidade custou R$ 96 mil.
É o caso de duas cabines no Grajaú, nas praças Verdun e Edmundo Rêgo. Há PMs, mas faltam banheiro e pia funcionando: os sistemas hidráulicos não foram instalados.
— A gente conta com a solidariedade dos comerciantes. Às vezes é constrangedor pedir, mas não tem jeito — conta um policial.
Na cabine que fica embaixo de uma passarela, na Linha Amarela, cortando as comunidades da Praia de Inhaúma e Pinheiro, na Maré, a situação é ainda pior. Lá, um isopor com gelo mantém a água fresca. O vidro blindado já está estilhaçado. O problema, segundo o policial militar que fazia plantão no local, é que a área fica próximo à Baixa do Sapateiro, comunidade com intensa movimentação do tráfico de drogas.
— Se pegar um tiro aqui, o vidro não segura. Já era para ter sido feita a manutenção. A situação é crítica — reclamou o PM.
A Polícia Militar fala
Sobre a situação das cabines e torres blindadas, a PM se pronunciou por meio de nota:
“A Secretaria de Segurança já tem instaladas quatro torres, de um contrato concluído, e mais um contrato vigente para instalação de 15 novas torres blindadas, das quais três já se encontram em pleno funcionamento. Outras sete aguardam instalações de água e esgoto, e mais cinco esperam pela autorização da Prefeitura. Também foram contratadas novas cabines blindadas, todas com banheiros, contendo vasos e pias, e aparelhos de ar-condicionado, da mesma forma que as torres.
Os locais de instalação das torres e cabines foram escolhidos pelo então chefe do Estado-Maior Operacional, coronel Álvaro Garcia. Na ocasião, foi usada como critério a mancha criminal, ou seja, áreas de risco onde os próprios policiais estavam sujeitos a ataques de criminosos.
Há outras torres e cabines já instaladas, mas não liberadas para uso, devido à falta de rede de água e esgoto próxima. Esta questão vem sendo bem encaminhada com a diretoria da Cedae. Há dificuldades técnicas para estas instalações quando os locais escolhidos são de difícil acesso, como pontes ou viadutos, ou em canteiros centrais de grandes avenidas com alto fluxo de veículos.
Dessa forma, os comandantes de cada área foram orientados para colocarem policiais próximos aos equipamentos, com o fim de evitarem qualquer tipo de depredação ao patrimônio. As cabines e torres que hoje se encontram funcionando oferecem segurança e boas condições de trabalho para os policiais que nelas se encontram em serviço, com elevado índice de proteção balística, já tendo sido inclusive atacadas por duas vezes sem que os policiais fossem feridos”.
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