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PMs são indiciados por queima de pneus Presídio Militar. Dois policiais acabaram detidos e foram levados ao presídio militar. CORREIO DO POVO, 20/10/2011
Dois policiais militares, o sargento da reserva João Carlos de Souza, o Lilica, e o soldado da ativa Marcelo Machado Maier, lotado no 24 BPM de Alvorada, foram indiciados pela Polícia Civil, suspeitos de participação na queima de pneus. O soldado também é suspeito de produzir o vídeo, divulgado na Internet e na imprensa, contendo ameaças ao governador Tarso Genro. Os fatos ocorreram em meados deste ano, durante negociações de aumento salarial para soldados, sargentos, subtenentes e tenentes. Os dois foram presos ontem por, supostamente, terem cometido outros delitos, quando PMs cumpriam mandados de busca e apreensão em suas residências. Eles foram conduzidos ao Presídio Militar, na Capital.
O chefe de Polícia, delegado Ranolfo Vieira Júnior, e o comandante-geral da BM, coronel Sérgio Roberto de Abreu, reuniram a imprensa, ontem, para falar das providências sobre os mais de 70 episódios, envolvendo queima de pneus, colocação de faixas, de uma falsa bomba e até a ameaça ao governador.
O inquérito, de acordo com a delegada Graciela Forest, titular da 3 DP de Alvorada e responsável pelas investigações, deverá ser entregue hoje à Justiça de Alvorada. Nas investigações da Brigada Militar, foram identificados seis suspeitos - os dois indiciados e mais quatro, sendo dois deles civis. De acordo com Abreu, a instituição tem 26 procedimentos instaurados.
A delegada entrou com pedido na Justiça para compartilhar as informações com a 1 DP de Porto Alegre, que investiga a colocação de uma simulação de bomba, no viaduto Otávio Rocha, e de um artefato explosivo, na rua Fernando Machado, em 15 e 23 de setembro, respectivamente. O soldado, 34 anos, também é suspeito de envolvimento nos dois atos. A Polícia chegou aos suspeitos investigando a queima de pneus em Alvorada. Escutas telefônicas captaram combinações para realizar protesto e a negociação de entrega do vídeo à imprensa. "O soldado se refere à colocação de explosivo, o que ocorreu, e ainda procurou uma lan house da cidade para distorcer a voz e passá-la para um DVD", lembrou a delegada.
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