AMEAÇAS A POLICIAIS. Tráfico reage após “estouro” de ponto. Bandidos estariam prometendo assassinar agentes no Norte da Ilha - JOYCE SANTOS, DIÁRIO CATARINENSE, 13/10/2011
Após terem o mesmo ponto de vendas fechado pela terceira vez em dois meses, traficantes estão ameaçando de morte policiais civis na Capital. A denúncia é dos próprios agentes. Os bandidos também estariam usando adolescentes para fomentar os crimes na região.
As ameaças foram reforçadas depois que João Marcos Miranda, 18 anos, e um menor de 16 anos foram detidos na terça-feira, nos Ingleses, Norte da Ilha.
Com eles, foram apreendidos com 52 papelotes e 30 gramas de cocaína e uma balança de precisão. As ações teriam deixado o “patrão do tráfico” furioso com o prejuízo. Um investigador afirma que o criminoso quer matar os agentes. A polícia não deixa claro como as ameaças chegam. A informação vem, segundo os agentes, da investigação dos crimes.
Um policial civil disse que, além de planejar assassinatos, os traficantes estariam planejando atacar a delegacia. Só neste ano, pelo menos 12 postos da PM ou delegacias foram atacados com tiros ou bombas na Grande Florianópolis.
O mesmo “patrão” que planejaria seria responsável pelo aliciamento de adolescentes, que estariam a serviço do tráfico e cometendo pequenos crimes na região, onde vivem cerca de 40 mil pessoas. Em uma das ações, um garoto de 12 anos foi surpreendido ao entregar droga a um usuário.
– A agressividade dos menores é chocante. Na Grande Florianópolis, não há vagas suficientes para que os infratores sejam levados para o cumprimento das medidas socioeducativas – disse o policial civil.
O policial se refere ao período de quatro meses em que a região ficou sem vagas para adolescentes infratores. Segundo ele, mais adolescentes se envolveram em crimes no período. Nesta semana, o Plantão de Atendimento Inicial (Pai) foi reaberto.
Só neste ano, segundo a SSP, 1.024 menores se envolveram no tráfico.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
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