A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
PM X PC - PRISÃO DE CORONEL EXPÕE GUERRA INTERNA NO RIO
Prisão de coronel expõe guerra entre PM e Polícia Civil. Antero Gomes, Carolina Heringer e Herculano Barreto Filho. EXTRA, 21/12/2011
Mal-estar, picuinha, guerra... Seja qual for o nome e a dimensão do conflito, as polícias do Rio não se entendem há algum tempo. Na tomada da Rocinha, o planejamento — feito pela Polícia Militar — excluiu a Civil. Teria sido um troco em relação à tomada do Alemão, em 2010, quando a Civil entrou primeiro e fincou a bandeira da corporação no alto do complexo.
— Ficamos chateados — diz um coronel da PM.
Segundo outro coronel, as divergências começaram a ficar acirradas quando a PM começou a fazer registro policial militar (uma espécie de registro de ocorrências simples). A Civil ficou incomodada e fez lobby na Corregedoria Geral Unificada (CGU), que desautorizou a PM.
Intriga?
O advogado Marcos Barros Espínola, que defende Beltrami, acredita que as divergências entre as duas polícias motivaram a prisão:
— Há uma guerra entre as polícias. Foi montado um palco, num batalhão manchado pela acusação de envolvimento na morte da juíza. O objetivo é desmoralizar a PM do Rio.
Ele criticou a investigação feita pela DH de Niterói. Para o advogado, o inquérito foi mal conduzido.
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