SUSTO NO CAMELÓDROMO. Tiro e confusão assustam clientes - LETÍCIA BARBIERI, zero hora 09/12/2011
Sob olhares apavorados de clientes e lojistas, um policial militar se viu em apuros, ontem à tarde, ao ter a arma tomada por um homem que resistiu a uma abordagem. Em meio aos corredores do Camelódromo, no centro de Porto Alegre, testemunhas acompanhavam a mira da arma que seguia de um lado para o outro, nas mãos do criminoso, enquanto o soldado Rafael Martins de Medeiros, 24 anos, tentava recuperar seu revólver.
Com o colega naquela situação, o soldado Carlos Alberto Dias dos Santos, 31 anos, fazia cálculos. Havia a possibilidade de o tiro acertar o companheiro ou as pessoas que circulavam atrás dele. Então, aproveitou um momento de distanciamento do suspeito, mirou a perna dele e acertou.
– Os policiais passaram trabalho com ele – relatou um comerciante que teve mercadorias manchadas de sangue.
Marcos Vinicius Martins da Silva, 30 anos, já tinha antecedentes por posse de drogas, furto, porte ilegal de arma, roubo e extorsão. Ele estava no interior de uma das bancas que passava por uma fiscalização. Ao avistar os policiais que davam cobertura para os agentes, correu:
– Corri porque sou usuário de drogas.
Na mochila que ficou pelo caminho, apresentada pela BM como dele, foram encontradas quatro papelotes de cocaína, um de maconha, uma balança de bolso e R$ 382,85 em dinheiro. Preso em flagrante, foi encaminhado ao HPS e depois apresentado à Polícia Civil. O dono de uma banca de assistência técnica de celulares, Gabriel Gomes Soares, 29 anos, também acabou detido. Os dois foram encaminhados ao Presídio Central de Porto Alegre suspeitos de tráfico e associação para o tráfico de drogas. Os dois negam envolvimento.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - SERÁ FALTA DE TREINAMENTO OU FORMAÇÃO DEFICIENTE?
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
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queria ver se fosse voce na hora JORGE i a arma caiu do coldre NAO FOI TOMADA
ResponderExcluirSe caiu do coldre, o tirante (ou presilha) estava solto ou com defeito, ou coldre não era apropriado para guardar a arma. E eu tenho experiência disto já que fui instrutor. Em situação normal. jamais a arma cai do coldre. Esta situação só ocorre por despreparo, desatenção ou quando o policial vai sacar a arma e está lhe escapa do controle, o que pode ter ocorrido diante da luta corporal.
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