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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

DOIS MORREM EM AÇÃO DO GRUPO TIGRE NO RS

OPERAÇÃO FRUSTRADA. Dois morrem em ação do grupo Tigre no RS. Policiais do Paraná foram ao Rio Grande do Sul resgatar sequestrados e mataram sargento. Vítima do sequestro foi morta pela polícia gaúcha - DIEGO RIBEIRO, VÍTOR GERON, KÁTIA BREMBATTI E MAURI KÖNIG, GAZETA DO POVO, 22/12/2011

Uma operação repleta de equívocos do Grupo Tigre (Tático Inte­­grado Grupo de Repressão Espe­­cial), a unidade de elite antissequestro da Polícia Civil do Paraná, acabou de forma trágica ontem em Gravataí, no Rio Grande do Sul. Os policiais paranaenses foram ao estado gaúcho resgatar duas vítimas de sequestro sem avisar as autoridades locais, como determina o Código de Processo Penal, e mataram um sargento da Brigada Militar numa suposta troca de tiros. Ao saber dos motivos da investida da polícia paranaense, dois delegados gaúchos estouraram o cativeiro e acabaram matando uma das vítimas, o agricultor pa­­ranaense Lírio Persch.

A operação pode ter iniciado um problema no relacionamento entre os dois estados. O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, chamou a ação de irresponsável e ilegal, segundo o jornal Zero Hora. O comandante do 17.º Batalhão da Brigada Militar, tenente-coronel Dirceu Lopes, considerou a ação paranaense desastrosa. O chefe da Polícia Civil gaúcha, Ranolfo Vieira Junior, deve pedir esclarecimentos ao delegado geral do Paraná, Marcus Vinicius Michelotto. “Foi uma ação clandestina”, afirmou. Este foi o primeiro sequestro investigado pelo Tigre que resultou na morte da vítima.

Ontem, no começo da tarde, a Justiça gaúcha decretou a prisão temporária dos três policiais do grupo Tigre que participaram da ação que resultou na morte do sargento Ariel da Silva, de 40 anos.

Os três se apresentaram ontem à tarde na Corregedoria da Polícia Civil em Curitiba. Michelotto lamentou a prisão e considerou precipitada a decisão da Justiça gaúcha.

Prisão e morte

O sargento Ariel estava de moto e teria sido atingido por cinco disparos, quatro no estômago e um no pescoço, na Avenida Planaltina, por volta de 1h30 da manhã de ontem. De acordo com o comandante da Brigada Militar, a viatura do grupo Tigre estava parada de modo transversal na via, o que levou à abordagem do sargento. Lopes acredita que os disparos efetuados pelo sargento teriam sido feitos após ele ter sido atingido. Segundo ele, os locais onde ficaram as marcas dos tiros apontam que ele já estaria deitado quando revidou.

Já para a Polícia Civil do Paraná, os policiais do Tigre relataram que estavam sendo seguidos por um homem em uma motocicleta. Em um semáforo, ele abordou o veículo dos policiais. Houve troca de tiros e o homem morreu no confronto. A troca de tiros ocorreu no bairro Morada do Vale, bem longe da casa onde ocorria o sequestro, no centro de Gravataí.

No pedido de prisão, o promotor de Justiça André Luís Dal Molin Flores critica a ação do grupo Tigre. “Pelo histórico da ocorrência policial e gravidade do fato, há sérios indícios de que os policiais civis do Paraná não possuíam autorização para estar na cidade, não apresentaram argumentos convincentes sobre o episódio, e, possivelmente, tenham deturpado a seu favor os acontecimentos”, justifica.

Sequestrados

O fazendeiro e empresário Osmar José Finkler e Lírio Persch estavam sob o poder dos sequestradores desde terça-feira. Após o incidente com o sargento, os policiais gaúchos começaram a trabalhar no caso de sequestro também. Dois delegados de Gravataí foram ao local após receber a informação dos policiais paranaenses.

Quando chegaram na casa, que fica atrás da Câmara de Vereadores da cidade, um Corsa branco saía da garagem com os sequestradores e as vítimas. O delegado Leonel Carivali disse, em coletiva no Rio Grande do Sul, segundo o jornal Zero Hora, que gritou se identificando como policial. Naquele momentos, os criminosos saíram do carro disparando contra os policiais. No revide, os policiais gaúchos acertaram as costas de Lírio.

Os sequestradores João Ro­­drigues Ferreira, Claudemir dos Santos e Márcio Lourival foram presos após a troca de tiros. Lou­­rival é paranaense. Os três tem passagens ela polícia. O Corsa tinha placa de Campo Largo.

Um comentário:

  1. Terrivel episódio culpa da irresponsabilidade da Força policial Paranaensse, como se não bastasse os Safados nem Gaúchos eram e nos perdemos um policial que não tinha nada a ver com essa operação ilegal, estam desrespeitando nosso Estado Meu Amado Rio Grande Do Sul, conssequentemente estão desrespeitando nosso povo esse tal delegado do paraná ainda vem falar que a prisão desse pessoal irresponsável e mal treinado foi precipitada?!!! Prende Esse canalha também. A policia Gaucha está de Luto.

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