A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
PM É ASSASSINADO EM FAVELA PACIFICADA
TIROS NA ROCINHA. Cabo foi a primeira vítima policial em comunidades ocupadas no Rio - ZERO HORA, 05 de abril de 2012 | N° 17030
Um cabo do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro tornou-se ontem a primeira vítima fardada em comunidades pacificadas na capital fluminense. No início da madrugada de ontem, Rodrigo Alves Cavalcante, 33 anos, foi baleado durante ronda de rotina no alto da favela da Rocinha, zona sul do Rio. O PM chegou a ser socorrido no Hospital Miguel Couto, mas não resistiu ao ferimento.
ARocinha está ocupada pela polícia desde novembro do ano passado. Segundo o coordenador de Policiamento da favela, major Edson Raimundo dos Santos, oito policias patrulhavam um beco, por volta de 0h30min, quando abordaram um suspeito, que não obedeceu à ordem de parar e fugiu atirando para trás. O disparo atingiu o cabo Rodrigo pelas costas.
De acordo com o major, mais à frente, os policiais encontram uma pochete com munições de 9 mm e uma identificação. De acordo com a polícia, ele tem antecedente por tráfico de drogas. Cerca de 150 policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da Coordenadoria de Inteligência do Rio permanecem na favela em busca do suspeito.
O ataque aos policiais aconteceu dois dias depois de o coordenador de Policiamento da Rocinha ter anunciado que a Polícia Militar adotaria um Plano B no policiamento da área. Em vez de patrulharem apenas os principais acessos da comunidade, os policiais também percorreriam becos e vielas a pé.
O cabo Rodrigues, que é filho de um policial militar, será sepultado hoje com honras militares.
O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou que o Exército não será chamado para reforçar o policiamento na Rocinha:
– O Estado tem condições de resolver o problema. Não vai ser em quatro meses que vamos resolver tudo o que o tráfico fez em 40 anos.
Violência em alta
- Essa é a terceira morte na favela da Rocinha desde fevereiro e a terceira em menos de 10 dias;
- Um dos crimes aconteceu no dia 26. O presidente da associação de moradores da Rocinha, Vanderlan Barros de Oliveira, 40 anos, foi morto a tiros na comunidade. Após o episódio, a PM reforçou o policiamento com 130 homens;
- Uma das maiores favelas da América Latina, a Rocinha foi ocupada pelas forças de segurança no dia 13 de novembro, sem resistência dos criminosos.
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