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quinta-feira, 19 de abril de 2012

EXTORSÃO E ESTUPRO DENTRO DA DELEGACIA

SUSPEITA DE ABUSO. Inspetor é preso por estupro em delegacia - ZERO HORA 19/04/2012


Uma suposta extorsão envolvendo abuso sexual levou a Corregedoria da Polícia Civil (Cogepol) a prender em flagrante um inspetor sob suspeita de estuprar uma jovem de 19 anos na sala de investigações da Delegacia da Polícia Civil de Eldorado do Sul. Segundo a vítima relatou à Cogepol, ela teria sido forçada a manter relações com o policial para que ele deixasse de investigar um familiar dela, suspeito de tráfico de drogas. Em depoimento, o policial alegou ter sido alvo de uma armação da mulher.

O policial, com 30 anos de serviço – o nome dele não foi revelado pela Cogepol–, teria ido até a casa da mulher na noite de segunda-feira e a convocado a prestar esclarecimentos sobre tráfico de drogas. Na conversa, o inspetor teria colocado a mulher e uma amiga dentro de uma viatura e feito a proposta de favores sexuais para “largar do pé” de um cunhado da vítima, envolvido com o tráfico.

Ficou combinado que ela iria até a DP na terça-feira, perto do meio-dia, quando o inspetor estivesse sozinho.

Naquela manhã, a mulher procurou a Cogepol relatando o fato. No horário previsto, ela foi até a DP com a amiga e se encontrou com o inspetor na sala de investigações, que funciona em uma espécie de garagem, afastada do gabinete do delegado e das demais salas da DP, que estariam vazias.

Policial e mulher foram encontrados em uma cama

Ao mesmo tempo, cinco agentes da Cogepol foram para Eldorado do Sul e ficaram em posições estratégicas no entorno da delegacia. Instantes depois, a equipe entrou na sala de investigações e deparou com o inspetor e a mulher sobre uma cama. Os dois estariam com roupas em desalinho, ele com a calça abaixada e ela com a blusa levantada.

O inspetor recebeu voz de prisão dos colegas e foi levado para a Cogepol, onde o delegado Paulo Rogério Grillo o autuou por estupro – com mudanças na legislação, em agosto de 2009, ato libidinoso passou a ser enquadrado como estupro, assim como a conjunção carnal.

O inspetor foi recolhido para a carceragem na sede de Palácio da Polícia Civil na Capital.

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