A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
terça-feira, 3 de abril de 2012
GMRJ - ZELADORES DA ORDEM PÚBLICA
Guardas municipais vão virar zeladores do Rio. Agentes vão usar smartphones para relatar problemas encontrados na cidade - Duilo Victor - o globo, 3/04/12 - 13h03
RIO - Os guardas municipais vão virar zeladores do Rio. Será publicado nesta terça-feira no Diário Oficial uma resolução conjunta das secretarias de Conservação e Especial de Ordem Pública que cria o Programa Integrado de Ordem e Conservação. O trabalho começa pela Unidade de Ordem Pública (UOP) da Tijuca, onde os guardas vão usar smartphones para enviar fotos dos problemas encontrados nas ruas, como postes sem luz e buracos. Para isso foi criado um aplicativo especial e os guardas serão treinados para usá-lo. Até o fim deste ano o programa será levado para todas as regiões que têm UOP — além da Tijuca, Centro, Copacabana e Leblon já dispõem da unidade.
Segundo o secretário municipal de Conservação, Carlos Osório, a presença natural dos guardas em todas as regiões do município é uma vantagem para o trabalho.
— Além disso, para a Guarda Municipal, será uma oportunidade de se aproximar mais da população e afastar a imagem repressiva dos guardas — disse Osório.
Segundo o secretário, o projeto para integrar o trabalho da GM ao da Conservação foi estudado por seis meses. A Secretaria de Conservação vai concentrar os dados apurados pelos guardas. O esquema será assim: o GM vê o problema, avisa à secretaria e esta toma as providências.
— Com esta nova função, o Guarda passa a ter im perfil colaborativo, de solucionador de problemas. E para a Conservação, a vantagem é que passaremos a ter estes zeladores em toda esquina. Ganha a Seop e ganha a Conservação — disse Osório.
A ideia de espalhar zeladores pela cidade está em sua segunda tentativa. Há dois anos, o mesmo secretário Osório anunciava a criação do programa Zeladores da Cidade. Na ocasião, os guardiães da boa conservação eram 91 funcionários da Comlurb. Eles não tinham smartphones, mas tinham a missão de percorrer sete quilômetros diariamente anotando os problemas encontrados nas ruas. A área de abrangência da primeira verão do programa era até maior que a atual, em sete bairros das zonas Norte e Sul: Tijuca, Irajá, Vila da Penha, Vista Alegre, Copacabana, Ipanema e Leblon. Osório explica que a primeira versão dos zeladores foi extinta porque, com a criação da central telefônica do 1746 — que concentra todos os serviços da prefeitura — a função dos zeladores "analógicos" perderam a funcionalidade. Com a versão digital, munidos de smartphones, acredita-se que a produtividade será melhor.
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